Discursando em Londres na terça-feira (8), o cientista sublinhou que a química que trouxe a vida à existência é onipresente, por isso é difícil acreditar que estamos sozinhos no Universo.
O astrônomo Didier Queloz e o astrofísico Michel Mayor, ambos suíços, receberam o Prêmio Nobel de Física no dia 8 de outubro “pela descoberta de um exoplaneta orbitando uma estrela semelhante ao Sol”. O prêmio foi dividido com o físico canadense-americano James Peebles “pelas descobertas teóricas na cosmologia física”.
Segundo Queloz, um equipamento capaz de melhorar a análise da atividade bioquímica em exoplanetas poderia ser desenvolvido em 30 anos, enquanto que daqui a 100 anos há uma boa chance de avistar vida alienígena.
Queloz sublinhou que a detecção de exoplanetas revolucionou a astronomia. “Abrimos uma nova janela na astrofísica – demonstramos que há outros planetas como os que orbitam nosso Sistema Solar”, acentuou Queloz, acrescentando que se trata da “expansão de nossos horizontes, e uma vez que expansão começa, há muitas perguntas a se fazer […] por que somos como somos?”.
Descobertas significativas
O astrônomo suíço Didier Queloz e o astrofísico Michael Mayor descobriram o primeiro planeta extra-solar, 51 Pegasi b, chamado não oficialmente de Bellerophon e mais tarde batizado oficialmente de Dimidium, em 6 de outubro de 1995.
Em 2017, vestígios de água foram detectados na atmosfera do corpo celeste. Desde a descoberta revolucionária, mais de 4.000 exoplanetas foram detectados no Universo.
Queloz e Mayor dividirão o prêmio de 740.000 libras esterlinas (R$ 3,7 milhões) em dezembro, na cerimônia de premiação em Estocolmo.
// SputnikNews