O axolote está em perigo crítico de extinção. Mas há um grupo de freiras mexicanas que estão empenhadas em salvar a espécie.
O axolote é uma espécie de salamandra aquática pequena que está atualmente em perigo de extinção. Mas há quem esteja tentado salvar a espécie. Um grupo de freiras mexicanas está ajudando a criar e devolver alguns destes animais ao habitat natural, na região de Pátzcuaro, no México.
A história é contada pela BBC, na reportagem The Sisters of the Sacred Salamander. “Sinto que eles precisam do nosso cuidado e proteção. E é precisamente isso que estamos fazendo”, explica a irmã Ofélia Francisco.
Mas, ainda que estejam ajudando, o objetivo inicial não era a conservação ambiental. Há vários anos que o grupo religioso utiliza estes animais na produção de um xarope para a tosse, uma prática que passou de geração em geração. O segredo, no entanto, não é revelado pelas freiras.
Os animais estão enraizados de tal forma na cultura do México que há quem acredite que têm poderes curativos. E, apesar de estarem em perigo de extinção, existem colônias mantidas em laboratórios com milhares de exemplares.
Foi assim que as freiras se tornaram verdadeiras mestres da criação de axolotes, através dos laboratórios que existem no interior do mosteiro. Agora, em parceria com o jardim zoológico britânico de Chester, desempenham um papel ainda mais preponderante: a devolução de alguns destes animais ao seu habitat natural.
De acordo com o Público, um artigo publicado na Nature no final de 2017 mostrava que a espécie (Ambystoma mexicanum) está cada vez mais próxima do abismo, isto é, da extinção. Em 1998, existiam 6 mil axolotes por quilômetro quadrado na região mexicana de Xochimilco. Dez anos depois, havia apenas 100 axolotes por quilômetro quadrado.
Richard Griffiths, ecologista citado no estudo da Nature, refere que este é “provavelmente o anfíbio mais espalhado pelo mundo, em laboratórios e lojas de animais, e ainda assim está quase extinto na natureza”.