Imagens de satélite, divulgadas nesta semana, revelam que a East Island foi aniquilada por fortes tempestades na sequência do furacão Walaka, um dos furacões mais intensos do Pacífico, que atingiu a região no início de outubro.
As imagens de satélite fora divulgadas pelo Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos, e mostram a faixa de areia branca quase inteiramente desaparecida após a passagem do furacão Walaka, que passou pelas ilhas do noroeste do Havai como uma enorme tempestade de categoria 3, no início deste mês.
East Island, juntamente com a vizinha Tern Island, também danificada pelo furacão, eram um importante local de reprodução de foca-monge-do-havaí, uma espécie em grave perigo de extinção, e a casa da tartaruga verde, também ameaçada, além de outras espécies de aves marinhas.
East Island era a segunda maior ilha do atol French Frigate Shoals e um autêntico abrigo de biodiversidade.
Esse habitat vital, que agora existe apenas debaixo das ondas do mar, não poderá voltar a ser um território seguro e seco para esses animais. Apesar de os pesquisadores ainda não terem avaliado a escala da ameaça à vida selvagem local, sugerem que a escala é grave.
“As espécies são resilientes até certo ponto”, disse o biólogo Charles Littnan, da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). “Mas essa resiliência pode acabar”, explica.
Ao Huffington Post, Charles Littnan, diretor da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, disse que, muito provavelmente, vai demorar vários anos até se conseguir entender o que a perda da ilha representa para essas espécies. Além disso, o biólogo destacou que a probabilidade de ocorrências como essa aumenta com as mudanças climáticas.
Por sua vez, o superintendente da reserva marinha de Papahanaumokuakea, Athline Clark, descreve as imagens de satélite como “impressionantes” e afirma que, apesar de as implicações a longo prazo não serem claras, o desaparecimento da ilha terá efeitos significativos nos ciclos de reprodução futuros.
Os cientistas não têm certeza se o desaparecimento da ilha é um incidente isolado. “Vamos assistir a muitas histórias semelhantes nos próximos anos“, escreveu o ambientalista Bill McKibben, citado pelo ScienceAlert.
Ciberia // ZAP