A militante do meio ambiente, Greta Thunberg, participou nesta sexta-feira (13) de uma pequena manifestação sobre o clima em frente à Casa Branca. “Nunca desistam”, disse a ativista aos jovens que foram até o local acompanhá-la. Centenas de pessoas estavam presentes.
“Vamos continuar, temos um encontro marcado na semana que vem, 20 de setembro”, prosseguiu Greta Thunberg. A sueca de 16 anos, que chegou no fim de agosto em Nova York, preferiu não ser o centro das atenções da mobilização, chegando mesmo a recusar entrevistas – como já tinha feito duas semanas atrás em Nova York.
“Chega de carvão, chega de petróleo”, entoavam os estudantes reunidos na manifestação. Greta carregava nas mãos um cartaz onde estava escrito “Skolstrejk för Klimatet”: greve da escola pelo clima. “Não farei nenhum discurso, quero apenas dizer que estou orgulhosa de vocês. Tem mais gente do que eu esperava”, disse Greta.
A visita de seis dias de Greta a Washington será marcada por vários prêmios, incluindo um da Anistia Internacional, e uma visita ao Congresso por convite dos democratas, no dia 18 de setembro. “É uma grande líder”, disse Kallan Benson, de 15 anos. “Mas é triste que devamos fazer uso da fama das pessoas e colocar tanta pressão sobre uma adolescente.”
Até agora, Greta Thunberg falou pouco de Donald Trump. Ao chegar nos EUA, ela apenas disse que o presidente americano devia “escutar a ciência”, algo que ele, claramente, “não faz”.
Apoio da cidade de Nova York
A visita de Greta Thunberg aos EUA, onde ela é menos conhecida que na Europa, mostrou sua importância para o movimento ambiental. A adolescente, que começou sua greve escolar em Estocolmo em agosto de 2018, deu nascimento ao movimento mundial de jovens que faltam de aula na sexta-feira para chamar atenção à urgência climática.
Para a próxima greve, no dia 20 de setembro, a cidade de Nova York aprovou a decisão dos alunos que quiserem participar. A administração Trump anunciou diversas medidas sobre as normas antipoluição dos veículos, usinas termoelétricas, proteção dos cursos d’água, entre outras.
A posição ambiental dos Estados Unidos, como de outros países, será denunciada durante a cúpula dos jovens e dos membros da ONU, que vai de 21 a 23 de setembro.