O novo dispositivo desenvolvido por cientistas na Universidade de Waterloo, no Canadá, faz com que o número de células do HIV que se fixam no trato genital feminino diminua.
De acordo com o estudo, publicado na segunda-feira passada (16) no jornal da universidade, o implante tem a forma de T e, uma vez colocado no local, libera lentamente hidroxicloroquina (HCQ) através do material poroso do tubo.
A hidroxicloroquina é a substância ativa de um medicamento antimalárico e antirreumático conhecido comercialmente como Plaquinol. A substância é absorvida pelas paredes do trato genital, fazendo com que o número de células que o vírus HIV pode fixar nesse local diminua.
Segundo o Diário de Notícias, o grande ponto positivo desse implante é o fato de aproveitar a imunidade natural de algumas mulheres contra o vírus transmissor do HIV.
Além disso, o implante vaginal chega mais facilmente ao local onde as células malignas estão, muito mais eficaz do que alguns medicamentos orais.
“Sabemos que alguns medicamentos tomados por via oral nunca chegam ao trato vaginal, então esse implante poderia fornecer uma maneira mais confiável de incentivar as células T a não responderem à infecção e, portanto, prevenir a transmissão de maneira mais confiável e barata”, explicou Emmanuel Ho, cientista responsável pelo projeto.
A pesquisa mostra que o HIV contamina o corpo ao corromper as células T, que são chamadas pelo sistema imunológico para intervir quando pressentem a doença. Quando essas células não tentam combater o vírus, elas não são infectadas.
Ciberia // ZAP