Além da pandemia da COVID-19, outro assunto preocupante que entrou em pauta em 2020 foi a Amazônia, que vem enfrentando queimadas constantes.
Esses incêndios, além de destruírem a área verde, provocaram o aumento da emissão de dióxido de carbono no Brasil nos últimos dois anos, segundo informações foram reveladas na última sexta-feira (6) pelo Observatório do Clima, organização que discute as mudanças climáticas no país.
Em 2019, no início do atual governo, o aumento das emissões foi de 10%, após uma década apresentando apenas estagnação ou pequenas quedas, e em 2020 o crescimento deve chegar a 20%, mesmo que a pandemia da COVID-19 tenha reduzido a emissão de CO2 produzida pelas indústrias e meios de transporte.
Tasso Azevedo, responsável pelo sistema do Observatório do Clima que faz a estimativa das emissões de gases de efeito estufa, conta que o aumento está, de fato, relacionado ao desmatamento que o Brasil vem enfrentando nos últimos dois anos na Amazônia e no Pantanal. Em junho deste ano, um grupo de investidores envidou uma carta ao governo ameaçando a saída do país caso os indicadores ambientais não fossem melhorados.
Com esses dados, o Brasil entre para a lista dos países que mais emitem dióxido de carbono no mundo, ficando atrás somente da China, Estados Unidos, Rússia, Índia e União Europeia. No ano passado, o desmatamento foi responsável por 44% das emissões do país, seguido da agricultura com 28%, produzindo 10,4 toneladas de CO2 per capita, ficando acima da média global de 7,1 toneladas.
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