A cidade de Samambaia fica há cerca de 20 quilômetros da capital federal e está prestes a receber o Instituto do Homem. Criado por um advogado que se defende de acusações de agressão, o espaço nasce para dar assistência aos homens acusados de violência contra a mulher, ou seja, enquadrados na Lei Maria da Penha.
Instalado em uma sobreloja de Brasília, o Instituto do Homem está em busca de advogados e psicólogos, e oferecerá aos ditos “homens desamparados” apoio jurídico, consultoria estética e sopão.
“Dar um banho, um banho de roupa nova para a mulher, quem sabe até aceitar ele de volta”, disse empolgado Luiz Gonzaga de Lira ao BuzzFeed News, que inclusive soltou diversos anúncios em jornais e pretende expandir o conceito para todo o Brasil.
Para Lugon, como é conhecido entre os amigos, o Instituto do Homem foi pensado para incentivar o tratamento igualitário entre homens e mulheres.
Segundo o advogado, a Lei Maria da Penha está prejudicando o homem, que se sente desorientado e fragilizado para exercer seu papel de “chefe da família”.
O advogado, de 63 anos e que já se aventurou na política, destaca que antes tudo funcionava na mais perfeita normalidade, tanto para o homem quanto para a mulher, mas agora “está tudo dividido por causa dos grupos LGBT”. Ele fecha seu raciocínio ressaltando que a busca pela igualdade está encurtando a vida das pessoas do sexo masculino.
Vale lembrar que que Lugon foi acusado de agressão pela ex-esposa, mas diz ter sido inocentado. Entretanto, o processo ainda corre em segredo de Justiça.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, apenas em 2015, o Brasil registrou 1 estupro a cada 11 minutos. Em 2016, o Ministério da Saúde informou que, em média, o sistema de saúde recebe 10 notificações por dia de estupros coletivos. Somente 15,7% foram presos.
Ciberia // Hypeness