O jornal Aujourd’hui en France traz uma reportagem especial em sua edição desta sexta-feira sobre a possibilidade de o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, ser eleito como o próximo presidente dos Estados Unidos.
Para o diário francês Aujourd’hui en France, o jovem e poderoso Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, já estaria até mesmo em campanha.
“Mark Zuckerberg for president?“, indaga a manchete da matéria do Aujourd’hui en France. O rumor de uma candidatura do rapaz que se tornou bilionário aos 23 anos sacode as redes sociais e os círculos democratas americanos.
Embora o patrão do Facebook negue a possibilidade, várias pistas mostrariam que ele já estaria se preparando para esse desafio – como, por exemplo, o fato de ter contratado o democrata Joel Benenson, estrategista de Barack Obama para trabalhar em sua fundação filantrópica Chan Zuckerberg Initiative.
Além disso, continua Aujourd’hui en France, desde janeiro o empresário realiza, ao lado da mulher Priscilla Chan, uma turnê de encontros com a população pelos Estados Unidos: no Estado do Alaska com pescadores, no Nebraska com ferroviários… uma iniciativa que, segundo o jornal, cheira à campanha presidencial.
O timing não poderia ser melhor, avalia Aujourd’hui en France. Seis meses após a chegada de Donald Trump à Casa Branca, cujas decisões e atitudes colocam em questão a possibilidade que chegue ao fim de seu mandato, Zuckerberg tem potencial para seduzir os americanos desorientados e os democratas à procura de um candidato com credibilidade, capaz de vencer a eleição presidencial de 2020.
Além disso, o diário ressalta que justamente um ano antes das próximas eleições americanas, em 2019, o fundador do Facebook completará os 35 anos necessários para se candidatar à Casa Branca. Não por acaso, Zuckerberg já utiliza sua forte influência para afrontar a política de Trump, defendendo, por exemplo, o Acordo de Paris Sobre o Clima.
Para quem ainda duvida da possibilidade, Aujourd’hui en France salienta que a vitória de Trump era inimaginável há dois anos, bem como a façanha do presidente francês Emmanuel Macron. “A necessidade de renovação e a rejeição de representantes com uma carreira tradicional mudaram os rumos da política”, sugere o jornal.
Além disso, Zuckerberg tem um forte potencial, como sua fortuna, por exemplo, indispensável para realizar uma bela campanha. E, depois, claro, o próprio Facebook, ferramenta de comunicação que se tornou indispensável para liderar uma batalha eficaz.
Entrevistado pelo Aujourd’hui en France, o especialista em política americana Jean-Eric Branaa, da Universidade Paris II, acredita que Zuckerberg é um forte candidato para 2020. E já que nos Estados Unidos, cada criança cresce com a ideia de que um dia poderá ser presidente, o patrão do Facebook na liderança da Casa Branca seria, de acordo com o especialista, a encarnação do sonho americano.
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