Um jornal de Jilin, província chinesa que faz fronteira com a Coreia do Norte, publicou esta semana instruções sobre como proceder em caso de acidente nuclear, ilustrando o crescente receio da população face aos testes de Pyongyang.
Sob a direção de Kim Jong-un, Pyongyang efetuou três testes nucleares na região de Punggye-ri, a apenas 100 quilômetros da fronteira com a China, causando apreensão entre os residentes de Jilin, província com 27,5 milhões de habitantes.
Nesta quinta-feira (7), o Jilin Daily publicou uma página inteira com instruções detalhadas e ilustradas com desenhos explicando o que fazer em caso de um acidente ou ataque nuclear.
A China e Coreia do Norte compartilham uma fronteira com 1.420 quilômetros de extensão.
As imagens das instruções foram rapidamente compartilhadas nas redes sociais, levando o jornal a explicar em editorial que se “tratou apenas de um programa rotineiro de formação em defesa nacional e segurança pública” e que as pessoas não devem dar segundas interpretações ao conteúdo.
No mesmo dia, no entanto, um jornal oficial do Partido Comunista Chinês escreveu em editorial que as preocupações em Jilin são “compreensíveis”, mas ressalvou que não há motivos para tal.
“Coreia do Sul, Japão ou mesmo os Estados Unidos, deviam estar mais preocupados sobre possíveis ataques”, escreve o Global Times.
Nos últimos meses, os sucessivos ensaios nucleares de Pyongyang e a retórica do presidente do Estados Unidos, Donald Trump, elevaram a tensão na península coreana para níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).
Ciberia // ZAP