O Ministério da Justiça (MJ) informou nesta sexta-feira (23) que, em 2018, as investigações da Operação Lava Jato levaram ao bloqueio de mais de US$ 44 milhões (R$ 142,61 milhões, ao câmbio do dia) no exterior.
Os valores, depositados em bancos suíços, foram bloqueados como resultado de uma cooperação jurídica internacional entre o MJ e o governo da Suíça.
Os recursos bloqueados em 2018 ainda não foram devolvidos ao Brasil.
O MJ informou que isso só vai ocorrer “após o trânsito em julgado das ações condenatórias penais na Justiça brasileira ou após a concordância dos réus em dispor desses ativos mantidos no exterior, nos casos que envolvem acordos de colaboração premiada”.
Entre 2014 e 2018, as investigações da Lava Jato resultaram no bloqueio de US$ 377,5 milhões no exterior.
Desse valor, US$ 135 milhões (R$ 437,55 milhões ao câmbio do dia) já foram repatriados.
Presidente da Fecomércio-RJ é preso
A Polícia Federal deflagrou na manhã de sexta-feira (23) a Operação Jabuti e prendeu preventivamente Orlando Diniz, presidente afastado da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), por suspeita de desvio de dinheiro do Sesc e Senac-RJ, ambas entidades do chamado Sistema “S”.
A relação entre Diniz e o esquema de corrupção foi desvendada pela Operação Calicute com a ajuda do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Diniz foi afastado da gestão da entidade em dezembro do ano passado, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (TRT).
O presidente foi preso na casa de seu pai, no Leblon, bairro da zona sul do Rio. Também são alvo de mandatos de prisão Marcelo Telles, diretor-geral do Senac-RJ e Sesc- RJ e Plínio José de Freitas, do Senac-RJ.
“As investigações apontaram que pessoas ligadas à gestão da Fecomércio-RJ estariam envolvidas em operações irregulares incluindo o desvio de recursos, lavagem de dinheiro e pagamento, com recursos da entidade, de vultosos honorários a escritórios de advocacia, somando mais de R$180 milhões”, informou a PF em comunicado.
Nesse valor estão incluídos cerca de R$ 20 milhões que teriam sido pagos ao escritório pertencente à esposa de um ex-governador do Rio, Adriana Ancelmo, que se encontra recolhido ao sistema prisional à disposição da Justiça.
Ciberia // Agência Brasil