Gurus da tecnologia apelam à ONU pela proibição de “robôs assassinos”

Mais de cem especialistas em robótica estão cobrando da ONU uma iniciativa para prevenir o desenvolvimento de “robôs assassinos”.

Em uma carta à organização, líderes de setores que usam inteligência artificial, incluindo o bilionário Elon Musk, cofundador e CEO da Tesla, alertam para o risco de “uma terceira revolução (na tecnologia) de guerra” e pedem a proibição do uso de Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento e uso de armas.

“Uma vez desenvolvidos, elas permitirão um conflito armado numa escala maior do que nunca, e em intervalos de tempo mais rápidos que os humanos podem compreender”, diz a carta assinada por 116 especialistas.

Estas podem ser armas de terror, armas que déspotas e terroristas usam contra populações inocentes, e armas que podem ser hackeadas (e reprogramadas) para fazer coisas indesejáveis”, acrescenta.

Há um tom de urgência na mensagem dos líderes de tecnologia, que alertam que “não há muito tempo para agir”. “Uma vez a caixa de Pandora seja aberta, será difícil fechá-la”, diz o texto.

Por isso, eles pedem que essa tecnologia “moralmente errada” seja acrescentada à lista de armas banidas pela Convenção das Nações Unidas sobre Certas Armas Convencionais (CCW).

Além de Musk, também assina o documento o cofundador do DeepMind do Google, Mustafa Suleyman.

Na carta, os especialistas também lamentaram o adiamento para novembro de uma reunião de um grupo da ONU focado em armamento autônomo, que deveria discutir o assunto nesta segunda-feira (21).

Uma possível proibição no desenvolvimento de tecnologia de “robôs assassinos” já tinha sido discutida por comitês da ONU. Em 2015, mais de mil especialistas de tecnologia, cientistas e pesquisadores escreveram uma carta alertando sobre os perigos das armas autônomas.

Entre os signatários da carta de 2015 estavam, além de Musk, o cientista Stephen Hawking e o cofundador da Apple Steve Wozniak.

O que é um “robô assassino”?

Um robô assassino é uma arma totalmente autônoma que pode selecionar alvos sem a intervenção humana. Ele ainda não existe, mas os avanços na tecnologia o tornam cada vez mais próximo da realidade.

Defensores dessa tecnologia dizem que as leis de guerra atuais são suficientes para resolver quaisquer problemas que possam surgir se eles forem usados.

Os que se opõem ao seu uso acreditam que se trata de uma ameaça à humanidade e que quaisquer “funções de morte” autônomas devem ser banidas.

// BBC

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