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O terremoto de 7.8 que assolou a Nova Zelândia a 13 de Novembro causou duas mortes, muitos danos materiais e provocou também um estranho e inexplicável efeito secundário – uns misteriosos flashes de luz azul e verde que ninguém sabe explicar.
As chamadas “luzes de terremoto” que surgiram nos céus da Nova Zelândia na altura em que ocorreu o sismo que assolou a ilha do Pacífico esta semana assustaram e surpreenderam muitos dos locais, que se apressaram a filmar o fenómeno.
Estes flashes de luz misteriosos já se verificaram associados a outros sismos, noutros cantos do mundo, como por exemplo em Áquila, Itália, em 2009, e no terremoto de Sichuan, na China, em 2008.
Podem parecer “chamas crepitantes” saindo do chão, “relâmpagos, globos fantasmagóricos ou brilhos azuis e verdes”, conta o Live Science, que nota que só recentemente foram encaradas seriamente pelos sismólogos.
Existem várias teorias quanto à sua origem, não havendo nenhuma ideia consensual na comunidade científica.
E se há versões para todos os gostos, há até especulações de que são sinais de vida extraterrestre.
Em 2014, um estudo avançou com a ideia de que são causadas por propriedades elétricas de determinadas rochas em circunstâncias concretas.
“Quando a natureza pressiona certas rochas, são ativadas cargas elétricas, que funcionam como se se ligasse uma bateria na crosta da Terra“, explica o co-autor do estudo, Friedemann Freund, professor de Física e pesquisador de um dos centros de pesquisa da NASA, em declarações divulgadas pela revista National Geographic.
Assim, quando uma onda sísmica atinge estas rochas, são libertadas cargas elétricas das mesmas que “podem combinar e formar uma espécie de estado tipo plasma que pode viajar a muito altas velocidades e explodir na superfície, fazendo descargas elétricas no ar“, dizia ainda Freund.
O efeito colorido e misterioso no céu será, de acordo com esta tese, provocado por essas descargas.
Só o tempo e novas investigações vão dizer se esta é a explicação certa ou não, mas é seguro dizer que o fenómeno é muito raro e só ocorre em “0,5% dos terremotos”.
No estudo de Freund, fala-se ainda da ideia de que as “luzes de terremoto” podem aparecer várias semanas antes de grandes sismos ou já em plena manifestação dos mesmos.
O pesquisador salienta ainda que estes flashes poderiam vir a ser usados para prever sismos, mas até agora não há sinais claros, nem dados novos que confirmem que tal seja possível.
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