20 anos depois, a polícia holandesa conseguiu resolver o assassinato de Nicky Verstappen, um menino de 11 anos encontrado morto em um acampamento de verão.
Segundo a BBC, Nicky Verstappen, na época com 11 anos, foi assassinado em um acampamento de verão, em agosto de 1998, depois de ter desaparecido da tenda onde dormia. O corpo do menino foi descoberto na floresta, no dia seguinte+.
Agora, a polícia holandesa, que realizou a maior investigação de DNA da história, conseguiu chegar ao principal suspeito. Jos Brech foi preso na Espanha e já foi aberto o processo de extradição para que seja julgado no país.
“Jos B, 55 anos, suspeito da morte de Nicky Verstappen, foi detido na Espanha na tarde deste domingo (26). Foi levado sob custódia e será entregue à Holanda”, lê-se em comunicado da polícia de Limburg, província no sul do país onde o rapaz desapareceu.
A única prova que podia levar a polícia ao assassino era uma peça de roupa com DNA do culpado. A resolução do caso só foi possível porque mais de 14 mil homens deram, de forma voluntária, uma amostra do seu para investigar se teriam ligações ao crime.
Embora nenhum tenha sido considerado suspeito, isso permitiu às autoridades perceber se um desses homens tinha relação de parentesco com o autor do crime, restringindo o leque de suspeitos.
Brech não participou na recolha das amostras de DNA e foi dado como desaparecido pela família no início do ano, na sequência do apelo da polícia para que as pessoas participassem no maior teste de DNA já feito no país.
O suspeito, que passou na cena do crime alguns dias depois e chegou a ser interrogado pela polícia (na época foi encarado como um mero acaso), era conhecido por ser especialista em permanecer em áreas selvagens durante longos períodos de tempo.
Depois do desaparecimento, a polícia examinou a casa do homem de 55 anos e descobriu que seu DNA correspondia em 100% à amostra encontrada no cadáver. Foi então lançada, na semana passada, uma caça ao homem a nível europeu, com a divulgação de fotografias de Brech.
As autoridades espanholas foram alertadas por um holandês de 48 anos, que disse ter avistado e reconhecido o suspeito em Castelltercol, município a uma hora de carro de Barcelona.
“Morava em uma tenda na floresta, perto de uma casa que várias pessoas visitam há anos. É uma espécie de comuna onde eu também morei durante muito tempo”, disse o homem ao jornal Telegraaf, citado pela BBC.
Quando regressar ao país de origem, Brech já tem um advogado que se mostrou disponível para a sua defesa, dizendo que haveria DNA de outras pessoas no corpo de Nicky.
Ciberia // ZAP