A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu dois parentes e dois amigos do ex-policial militar Ronnie Lessa nesta quinta-feira, um dos supostos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, acusados de encobrir e obstruir a investigação.
A esposa do suposto assassino, Elaine Pereira, seu irmão Bruno Pereira e os amigos Márcio Mantovano, conhecido como “Márcio Gordo”, e Josinaldo Lucas Freitas, conhecido como “Djaca”, “agiram para impedir e dificultar a investigação criminal”, indicou um comunicado conjunto da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Eles são acusados de se livrar de objetos e documentos que pertenceram a Lessa logo depois que ele foi preso no Rio de Janeiro em 13 de março deste ano, juntamente com Elcio Queiroz, também acusado do crime.
Todos eles participaram de alguma forma de um esquema para coletar os pertences de Lessa, incluindo armas de fogo, e jogá-los no mar.
“Djaca foi à colônia de pescadores do quebra-mar da Barra [bairro do Rio de Janeiro], onde alugou os serviços de um barqueiro e jogou todo o conteúdo removido do apartamento de Ronnie para o mar”, relataram os investigadores.
A arma usada por Lessa para executar a vereadora e o motorista ainda não apareceu, e os investigadores acreditam que ela está localizada no fundo do mar, perto das Ilhas Tijucas, de frente para o Rio de Janeiro. Os detidos responderão por um crime de obstrução da Justiça, com uma pena prevista de três a oito anos de prisão.
Marielle Franco foi morta a tiros em 14 de março de 2018 no centro do Rio de Janeiro. O motorista dela, Anderson Gomes, também morreu instantaneamente. A vereadora pertencia ao PSOL e foi uma ativista líder das minorias e dos direitos humanos.
Sua morte causou uma grande comoção no Brasil, e hoje membros da família, políticos, ativistas e organizações sociais exigem esclarecimentos sobre quem ordenou que ela fosse morta e por quais razões.
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