Milhares de manifestantes marcharam na noite desta quarta-feira (21) em Moscou e São Petersburgo em apoio ao oponente russo Alexei Navalny, preso e em greve de fome, apesar da grande força policial presente em ambas as cidades.
A polícia russa contabilizou 6.000 pessoas na capital Moscou e 4.500 na segunda maior cidade da Rússia, São Petersburgo, mas os organizadores das manifestações não forneceram ainda estimativas de seus números.
Os jornalistas presentes notaram a presença de grandes multidões, embora não tenham atingido a escala das manifestações em janeiro, logo após a prisão de Navalny.
Cantando slogans como “Putin Ladrão!” e “Liberdade para Navalny!“, os manifestantes em Moscou se reuniram perto do Kremlin e depois marcharam em direção à sede dos serviços de segurança (FSB).
Eles foram acompanhados por membros das forças de segurança, com capacetes e armados com cassetetes, mas que não intervieram, ao contrário do que havia acontecido em janeiro, quando as manifestações foram brutalmente suprimidas.
Os manifestantes oscilaram entre a determinação e uma certa decepção por não serem mais numerosos. “Não creio que esta ação consiga salvar Navalny, seria preciso pelo menos 200 ou 300 mil pessoas na rua. Aqui, não é o caso”, observou Alexandre Boutouzov, de 51 anos.
“É uma luta pelo futuro”, disse Andrei Zamiatine, empresário de 51 anos: “Navalny quer mudar o sistema e está sendo punido por isso”.
Em São Petersburgo, as prisões foram mais numerosas do que em Moscou, segundo um jornalista que viu um policial usar um taser contra um manifestante.
// RFI