Mistério de “dinossauro bebê” chinês é desvendado

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Nova espécie de dinossauro oviraptossauro, batizada como Beibeilong sinensis ou "bebê dragão chinês"

Nova espécie de dinossauro oviraptossauro, batizada como Beibeilong sinensis ou “bebê dragão chinês”

Um fóssil descoberto na China há mais de 25 anos, que ficou conhecido como “Baby Louie”, foi finalmente identificado. Trata-se de uma nova espécie de dinossauro com penas que foi batizado como “bebê dragão chinês”.

Mas só agora, mais de duas décadas depois, foi identificado como pertencendo a um grupo de dinossauros, semelhantes a grandes pássaros, conhecidos como oviraptossauros. Os paleontólogos responsáveis pela identificação o batizaram de Beibeilong sinensis que, traduzindo, significa algo como “bebê dragão chinês”, salienta a BBC.

O fóssil foi encontrado nas rochas de Henan por agricultores chineses e acabou sendo vendido ilegalmente para os EUA. Somente em 2013 foi devolvido à China, onde foi finalmente analisado e identificado.

Darla Zelenitsky / University of Calgary

Ilustração do dinossauro "bebê dragão chinês" - ou Beibeilong sinensis - dentro do ovo

Ilustração do dinossauro “bebê dragão chinês” – ou Beibeilong sinensis – dentro do ovo

“Porque também se encontraram fósseis de grandes terópodes, como os tiranossauros, nas rochas em Henan, algumas pessoas pensaram, inicialmente, que os ovos poderiam ter pertencido a um tiranossauro”, explica uma das autoras do estudo, a professora Darla Zelenitsky, da Universidade de Calgary, no Canadá, citada pelo Telegraph.

“Graças a este fóssil, sabemos agora, que estes ovos foram postos por um oviraptossauro gigante, um dinossauro que se pareceria muito com um casuar muito grande. Teria sido um espectáculo de se ver, com um animal de três toneladas, como este, sentado no seu ninho de ovos”, destaca Darla.

A descoberta da nova espécie de oviraptossauro é vista como a prova de que estes dinossauros teriam sido comuns nos territórios da atual América do Norte e da Ásia, há cerca de 100 milhões de anos.

“A distribuição geográfica e ocorrências abundantes de vestígios de ovos Macroelongatoolithus revelam que os oviraptossauros gigantes estavam, relativamente, difundidos e, talvez, até tenham sido comuns no início do Cretáceo Superior, mesmo que seus restos esqueléticos sejam escassos e ainda tenham que ser identificados em muitas regiões”, escrevem os autores do artigo publicado na Nature Communications.

Apesar de eternizado como “bebê dinossauro”, este espécime, que foi encontrado em estado jovem, do tamanho de uma pequena cobaia, teria crescido até atingir mais de uma tonelada.

// ZAP

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