A Monsanto, gigante do setor de agricultura e biotecnologia, anunciou nesta quinta-feira (7) uma parceria de seu sistema de gestão de cultivos Climate FieldView™ com startups brasileiras do agronegócio.
“Hoje, a gente passa a falar do Climate FieldView™ como uma plataforma, um tecido conector que vai permitir o avanço da agricultura digital”, afirmou Pedro Rocha, lider do produto na América do Sul, em coletiva de imprensa.
Segundo a empresa, o produto funcionará como uma espécie de “loja de aplicativos”, em que o cliente terá acesso a dados que envolvem análise de solo, produtividade e mesmo gestão financeira.
As startups envolvidas são a Farmbox, a AEGRO e o IBRA Laboratórios. Além delas, a Monsanto também expandiu sua relação com a Agribotix, processadora de dados de drones, e quer iniciar programas no Brasil com a TerrAvion e a Veris_Technologies, parceiras nos EUA. A partir dessas cooperação, a empresa pretende expandir sua participação no setor agrodigital.
Segundo a nota de anúncio da parceria, o sistema integrará as contas das diferentes ferramentas em uma plataforma unificada que gerará novas formas de analisar a cultura e melhorar o desempenho do produtor.
“Em 2013, a Monsanto adquiriu a Climate Corporation em San Francisco (EUA) que foi a nossa porta de entrada nesse mundo digital e desde lá houve um investimento crescente” afirmou Rodrigo Santos, líder da América do Sul para o negócio da Climate Corporation, subsidiária da Monsanto.
O Climate FieldView™ foi oficialmente lançado no Brasil em maio de 2017, dois anos após o lançamento nos EUA, e foi previamente testado por 130 produtores de milho e soja no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Atualmente, o sistema está implantado em 550 mil hectares no Brasil.
Para utilizar o sistema Climate FieldView™, o agricultor deve desembolsar R$ 980,00 pela conectividade. Além disso também é cobrada uma taxa que chega, no máximo, a R$ 15,00 por hectare monitorado pelo sistema, mas o valor pode diminuir de acordo com o tamanho da área aplicada.
Ciberia // EFE