A mulher, de nacionalidade argentina, sofreu uma grave lesão cerebral devido a um acidente de trânsito, quando estava grávida de seis meses. O feto sobreviveu e Santino nasceu na véspera de Natal. A mãe acordou no passado dia 8.
Segundo o El País, esta história com um final feliz começou no passado dia 1º de novembro, quando Amelia Bannan, grávida de seis meses, teve um estranho pressentimento.
“Se entrarmos nesse carro vamos capotar”, disse a policial a uma colega horas antes de regressar ao local de trabalho. Os colegas a convenceram e foi então que, a meio do percurso, outra viatura bateu por trás do veículo em que estavam e o condutor perdeu o controle do carro.
A argentina, que esta quarta-feira fez 34 anos, sofreu uma grave lesão cerebral e ficou inconsciente, mas o feto sobreviveu e, no hospital, se desenvolveu normalmente.
No final de dezembro, Amelia abriu os olhos, moveu as mãos e, embora não fosse capaz de se comunicar, começou a ter contrações. A equipe médica decidiu, na véspera de Natal, realizar uma cesariana de urgência. E Santino nasceu, com 1,890 quilos.
Porém, nos dias após ao parto, os fracos sinais vitais da progenitora voltaram a se apagar e a argentina regressou ao coma. “Era desesperante. Todos os dias falávamos com ela de coisas novas, do bebê que tinha nascido, mas não havia resposta”, explica o irmão César Bannan.
Foi então que um “segundo milagre” aconteceu. No passado dia 8 de abril, Amelia despertou do coma. “Estávamos na clínica com Norma, a minha outra irmã, e contávamos coisas e nunca tínhamos resposta, até que ouvi um ‘sim’. ‘Amelia, está ouvindo?’, perguntei. E voltou a dizer que sim. Foi uma emoção, fiquei sem palavras”.
De acordo com o fisioterapeuta, Roberto Gisin, a paciente tem melhorado com rapidez. “Primeiro só dizia sim e não, agora já responde a perguntas”, explica. Se não houver contratempos, o médico acredita que poderá andar dentro de poucos meses, não esquecendo nunca que continua a ser uma “paciente de risco”.
Por sua vez, o bebê “cresce bem e não tem complicações em nada. É um guerreiro”, conta o tio ao jornal.
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