Embora cientistas de um laboratório britânico tenham identificado a substância como sendo Novichok, não foi possível determinar sua origem.
Os cientistas britânicos do Laboratório de Ciência e Tecnologia para a Defesa de Porton Down, em Salisbury, no sul da Inglaterra, não foram capazes de determinar a origem do agente nervoso Novichok, usado para envenenar Sergei e Yulia Skripal.
De acordo com o Expresso, Gary Aitkenhead, diretor do laboratório, afirmou que a substância precisa de métodos extremamente sofisticados para ser criada, “o que só pode ser conseguido dentro das capacidades do setor estatal“. A substância foi oficialmente classificada como Novichok, um dos mais potentes agentes químicos conhecidos.
No entanto, não foi possível ainda identificar a origem do veneno. “Não conseguimos identificar a origem específica, mas enviamos ao governo todas as informações científicas, que o governo já cruzou com suas outras fontes”, disse.
Embora seja uma “não descoberta”, representa uma grande vitória para os russos, que sempre negaram estar por trás do ataque contra o ex-espião. O caso Skripal e as suspeitas do envolvimento russo no envenenamento, estão na origem de uma vaga de expulsões de diplomatas em vários países.
Até o momento, foram expulsos mais de 120 diplomatas russos, alguns suspeitos de serem de fato espiões, de mais de 20 países ocidentais.
Aitkenhead não garantiu se o seu laboratório tem desenvolvido ou armazenado a substância, mas garantiu que a acusação dos russos de que o químico Novichok tenha tido origem dentro da própria unidade de Porton Down “não faz sentido” porque “não há forma alguma de que qualquer químico tenha saído dessas quatro paredes”.
O envenenamento aconteceu no dia 4 de março, na cidade de Salisbury. O ex-espião continua em estado crítico, mas a filha se recuperou na semana passada e está consciente, segundo as autoridades.
Ciberia // ZAP