Navios da Marinha dos Estados Unidos e barcos iranianos se envolveram pela segunda vez em menos de um mês em um incidente no Golfo Pérsico, informaram os Guardiões da Revolução da República Islâmica, que denunciaram os repetidos disparos feitos por uma embarcação americana.
O fato ocorreu na sexta-feira, quando o porta-aviões Nimitz e outro navio que o acompanhava na região de Resalat, rica em petróleo e gás na zona central do Golfo, enviaram um helicóptero perto das embarcações dos Guardiões da Revolução, indicou o órgão em nota.
O grupo de elite do Exército do Irã classificou a ação como uma “conduta não profissional e provocativa” dos Estados Unidos.
Os navios americanos deram tiros de alerta, mas os iranianos deram sequência à missão. Na nota, os Guardiões da Revolução disseram que a conduta foi uma “repetição” do incidente registrado no dia 25 de julho no norte do Golfo Pérsico.
Nessa data, um navio americano se aproximou de um barco iraniano que patrulhava uma região de águas internacionais, efetuando “dois disparos para o ar com a intenção de provocar e criar medo”, segundo o órgão da República Islâmica.
Por outro lado, os EUA indicaram que a embarcação iraniana ficou a apenas 140 metros do navio de patrulha USS Thunderbolt, que reagiu com os tiros de alerta, informou o Departamento de Defesa.
Os disparos ocorreram, segundo os americanos, porque o navio iraniano não respondeu a vários avisos sobre a possibilidade de colisão feitos anteriormente, como mensagens por rádio e o uso de sinalizadores.
Esse tipo de incidente naval entre embarcações militares dos EUA e do Irã no Golfo Pérsico ocorre com certa frequência. Só em 2016, a Marinha americana registrou 35 casos.
// EFE