Um estudo da Universidade da Finlândia Oriental descobriu que fazer sauna com frequência pode reduzir o risco de Alzheimer.
Os pesquisadores usaram dados de um estudo que sobre fatores de risco para doenças cardíacas para chegar a essa conclusão. Mais de 2 mil homens finlandeses foram acompanhados por 20 anos.
No estudo, publicado no Oxford Journals, esses participantes foram divididos em três grupos, de acordo com a frequência com que iam à sauna: 1 vez por semana; 2 ou 3 vezes e de 4 a 7 vezes.
Depois, os cientistas analisaram quais dos 2 mil participantes tinham desenvolvido algum tipo de demência, incluindo o Alzheimer. A pesquisa foi abrangente, mas a amostra era bastante específica: só de homens, entre seus 47 e 60 anos, que moravam na região leste da Finlândia.
O que os resultados mostraram é que, quanto mais banhos de sauna os finlandeses tomavam, menor seu risco de desenvolver Alzheimer e outras doenças que afetam a memória.
Os homens que faziam sauna de 4 a 7 vezes na semana tinham um risco 65% menor de desenvolver Alzheimer e uma redução de 66% nas chances de sofrer com outros tipos de demência, quando comparados aos finlandeses que só iam à sauna uma vez no mesmo período.
Para ter certeza que o benefício vinha da prática da sauna, os cientistas filtraram outros fatores de risco à saúde, como diabetes, histórico cardíaco, peso e consumo de drogas. Mesmo assim, a relação entre sauna e prevenção do Alzheimer foi mantida.
O pesquisador que liderou o estudo, Jari Laukkanen, disse que pesquisas anteriores também mostram que a prática da sauna ajuda a melhorar a saúde cardiovascular, e os dois resultados podem estar conectados de uma forma que sua equipe ainda não compreende.
Os estudos precisam agora ser repetidos em uma população mais diversificada, para garantir que a sauna é mesmo um jeito consistente de proteger a memória e prevenir a demência.