Conforme podemos perceber, e até mesmo os estudos revelam, a população está ficando mais velha. A expetativa de vida as pessoas está aumentando de forma geral, na grande parte do mundo, sendo assim, atualmente não é algo extraordinário encontramos pessoas vivas com mais de 100 anos.
A novidade é que, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Roma La Sapienza e publicado pela revista “Science” nesta semana, o envelhecimento humano possui um limite. Os autores da pesquisa dizem que, quando uma pessoa atinge os 105 anos, o envelhecimento é interrompido.
Isso tudo ocorre porque o risco de morte iminente já é algo natural para as pessoas nessa faixa etária. Para completar, quando alguém ultrapassa os 105 anos, é praticamente impossível prever qual será o seu tempo de vida.
“Se existe um limite biológico para a vida humana, ainda não foi verificado”, disse coordenadora do estudo, Elisabetta Barbi, comentou para a ANSA.
Os pesquisadores disseram ainda que a idade influencia no risco de morte das pessoas. Em um estudo realizado com insetos trouxe dados bastante interessantes. Os autores procuraram uma resposta para o fato de que possa haver um limite para o envelhecimento.
“Isso não somente dá uma resposta clara e certa sobre as taxas de mortalidade, como é crucial para a compreensão dos mecanismos na base da longevidade humana e para o desenvolvimento futuro das teorias de envelhecimento”, disse Barbi.
Porém, nem todos os pesquisadores apoiam o estudo de Barbi. Jay Olshansky, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Illinois, disse que os dados obtidos pelo novo estudo são bem detalhados, no entanto, ainda há problemas, já que poucos chegam a essa idade.
“Não há pessoas suficientes sobrevivendo depois dos 110 anos para gerar taxas de mortalidade confiáveis. Lembre-se, essas poucas pessoas que passaram dessa idade foram altamente selecionadas pelo tempo, então as únicas que podem viver tanto tempo tiveram que ganhar a loteria genética no nascimento.”
Realmente, passar dos 100 anos é para poucos, mesmo assim, em países como o Japão, onde a expectativa de vida é alta, não é um fato tão incomum assim.