Nesta terça-feira (3) foi divulgada pela Fundação José Saramago uma obra inédita do vencedor do Prêmio Nobel português. Designada “Último caderno de Lanzarote”, a nova parte do diário de 1998 do autor foi descoberta em fevereiro deste ano.
A publicação da nova obra de Saramago já está prevista para outubro de 2018 em Portugal e Espanha (ainda não há data para a publicação no Brasil). É precisamente em outubro que se completa vinte anos da atribuição do Nobel da Literatura ao autor.
A mulher de Saramago, Pilar del Río, se deparou com o arquivo desconhecido, o “caderno 6”, dentro de uma pasta intitulada Cadernos de Lanzarote. Até o momento, já foram publicados cinco Cadernos de Lanzarote.
Esse sexto volume teria sido escrito no mesmo ano em que o autor recebeu o Nobel da Literatura e incluí ainda duas entradas referentes ao ano seguinte, 1999.
José Saramago nasceu na Golegã (centro de Portugal), em 1922, e foi em 1998 que o escritor português venceu o Prêmio Nobel da Literatura. Três anos antes, em 1995, ganhou Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da língua portuguesa.
Considerado um dos grandes responsáveis pelo reconhecimento internacional da prosa lusófona, Saramago foi agraciado, em agosto de 1985, com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Em 1998, foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, honra geralmente reservada apenas a chefes de Estado.
Conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, o autor foi membro do Partido Comunista Português e diretor adjunto do Diário de Notícias, um dos principais jornais portugueses. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues, fundou, em 1992, a Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC).
Em junho de 2007, formou a Fundação José Saramago para a defesa e difusão da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos problemas do meio ambiente. Em 2012, a fundação abriu as portas na Casa dos Bicos, em Lisboa, e desde então é presidida pela esposa do escritor, Pilar del Río.
Ciberia // ZAP