Nesta quarta-feira (14), dirigentes estaduais do Oklahoma anunciaram que pretendem usar gás de nitrogênio para executar os presos condenados à morte. O gás é “eficaz, fácil de administrar e obter”, mas o método é alvo de críticas.
O anúncio foi feito pelo procurador-geral de Oklahoma, Mike Hunter, e pelo diretor das prisões, Joe Allbaugh. Na origem da decisão, está a recusa das empresas farmacêuticas em disponibilizar as substâncias que até agora eram usadas na injeção letal.
“Não podemos ficar à espera que cheguem os fármacos. O nitrogênio é eficaz, fácil de administrar, fácil de obter e não requer procedimentos médicos complexos”, explicou Mike Hunter, citado pelo Observador.
Joe Allbaugh adiantou que as autoridades procuram pelos fármacos por todo o mundo, mas explicou que o método com nitrogênio já havia sido utilizado em situações de suicídio assistido. A inalação será feita usando uma máscara e a morte será provocada pela falta de oxigênio, ou hipoxia.
No entanto, o novo método é alvo de críticas pelas organizações humanitárias, que já se mostraram preocupadas com a decisão, afirmando que presos “são usados como cobaias”.
Segundo o jornal, Oklahoma é o estado norte-americano com a maior taxa de execuções per capita e foi o primeiro local do mundo no qual se usou a injeção letal.
Contudo, desde 2015, o estado não executa qualquer condenado à morte devido a uma série de situações polêmicas. Em 2014, ficou conhecido o caso de Clayton Lockette, condenado por sequestro, estupro e assassinato de uma jovem, e que esteve mais de meia hora em sofrimento depois de lhe ter sido administrado midazolam.
O então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, classificou o caso como desumano.
Ciberia // ZAP