Jean-Baptiste Sèbe, um padre de 38 anos acusado por uma mulher de “comportamento indecente” e agressão sexual contra sua filha, se suicidou na terça-feira (18) em sua igreja na Normandia, informou nesta quarta-feira (19) a Promotoria de Rouen.
Segundo uma fonte policial, “uma mulher tinha se queixado ante o arcebispo de Rouen do comportamento indecente e agressão sexual do sacerdote contra sua filha. Mas nada disto havia sido informado à polícia antes do suicídio”.
Os investigadores se mantêm “muito cautelosos nesta etapa da investigação”, especificou a fonte. A polícia ainda não havia sido informada das acusações contra o padre antes de sua morte.
“Até agora não foi apresentada nenhuma denúncia”, confirmou Etienne Thieffry, promotor adjunto de Rouen (noroeste da França). Segundo o magistrado, a investigação em andamento permitirá saber mais “sobre as motivações exatas deste suicídio“.
Questionado pela AFP sobre a suposta denúncia, Eric de la Bourdonnaye, diretor de comunicação da diocese de Rouen, disse que não podia “confirmar nem negar esta informação”.
“Encontramo-nos diante da incompreensão de tal gesto, embora soubéssemos que ele vivia um momento difícil”, escreveu Dominique Lebrun, arcebispo de Rouen, em uma carta enviada na véspera a todos os sacerdotes de sua diocese. O arcebispo dará uma entrevista coletiva na quinta-feira (20).
Ordenado sacerdote em 2005, Sèbe foi padre da paróquia de Saint-Jean XXIII, no setor norte de Rouen. Ele também era diretor do Centro Teológico Universitário e do Serviço de Formação Permanente, segundo elementos que aparecem no site da diocese.
// RFI