Neste domingo, todas as ruas de Paris foram fechadas para carros, motocicletas e até veículos elétricos. O dia sem carro acontece de 11h da manhã às 18h (de 6h às 13h em Brasília) e apenas pedestres, ciclistas e pessoas com patinetes, patins ou skate ou outros meios de transporte não poluidores, podem circular livremente pela capital.
Todos os bairros parisienses, sem exceção, integram esta 5ª edição do dia sem carro. O evento, lançado em 2015 pela prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, visa promover os transportes alternativos e conscientizar os moradores para a necessidade de lutar contra a poluição urbana.
A prefeitura colocou à disposição dos motoristas da região metropolitana de Paris e turistas estacionamentos e passagens de metrô mais baratos.
Só podem circular neste domingo os transportes públicos, táxis e ambulâncias, e mesmo assim a velocidade é limitada a 20 km/h nos quatro distritos centrais da cidade. Nos demais bairros, a velocidade máxima autorizada é de 30km/h. Os habitantes da capital poderão sair ou voltar para casa, mas para isso terão que comprovar o endereço.
Quem não respeitar as regras e for pego pelos diversos controles de polícia corre o risco de pagar uma multa de € 135 (cerca de R$ 600).
Estações de metrô
Normalmente, moradores e turistas aproveitam o dia sem carro lotando avenidas e locais importantes, como a avenida Champs Elyséees, a Praça da Concórdia. Mas este ano, além da chuva que começou a cair no início da tarde, várias estações do metrô estavam fechadas e linhas de ônibus desviadas, dificultando a locomoção das pessoas.
A secretaria de Segurança determinou o fechamento das estações, principalmente na região do Champs Elysées. A polícia alegou que precisava limitar o acesso à região devido à possibilidade de novas manifestações dos coletes amarelos, que ontem conseguiram realizar protestos na avenida.
Os parisienses reclamaram. Além de não poder usar o carro, tiveram que andar muito mais do que o previsto. A prefeita de Paris lamentou a decisão e garantiu que não foi consultada sobre o fechamento das estações de metrô.
// RFI