Amiga da presidente teria pressionado empresas a doarem dinheiro. Park Geun-hye não se manifestou sobre a suspeita.
A Promotoria da Coreia do Sul informou neste domingo (20) que a presidente do país, Park Geun-hye, está implicada em um grave caso de corrupção e tráfico de influência que atinge uma amiga e assessora, informou a agência “Yonhap”.
A equipe de promotores que investiga o caso anunciou que apresentou acusações contra Choi Soon-sil, a amiga da presidente que está presa desde o final de outubro, por abuso de autoridade ao supostamente ter pressionado empresas para que doassem quantidades milionárias a duas fundações sem fins lucrativos.
O caso conhecido como “Choi Soon-sil Gate” gerou enorme indignação entre os sul-coreanos, que semanalmente desde que o escândalo foi noticiado se manifestaram para pedir a renúncia da presidente.
Rumores de conselheiros secretos, corrupção e nepotismo envolvendo Park Geun-hye, mergulharam o país em uma crise política.
Park Geun-hye, primeira mulher a ocupar o cargo e filha de um ex-ditador, admitiu ter sido aconselhada sobre decisões políticas Choi Soon-sil, que não possui nenhum cargo governamental.
Choi opinava em decisões que variavam da cor das roupas que a presidente usava até discursos e grandes decisões políticas, tendo até acesso a informações confidenciais. Ela teria, inclusive, criado uma espécie de “clã” para auxiliar a presidente, o grupo das “Oito Fadas”.
Choi, que é filha do mentor de Park e líder religioso Choi Tae-min, também estaria envolvida em esquemas de corrupção e nepotismo.
Nesse domingo, Choi e dois antigos assessores foram formalmente acusados pela Promotoria da Coreia do Sul, por suspeitas de interferência com assuntos de Estado e intimidação de empresas públicas para fazerem doações.
A Promotoria disse que a presidente Park teve um “papel considerável no escândalo” de corrupção que envolve o Governo.
“Com base nas provas recolhidas até agora verificámos que a Presidente teve um papel de considerável colaboração em muitas das acusações envolvendo as três pessoas”, disse o promotor Lee Young-Ryeol, que lidera a investigação.
A Promotoria pretende questionar em breve a presidente Park, que apesar de ter imunidade pode ser investigada, disse o promotor.
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