Provas de lendário urso polar gigante são descobertas no Alaska

Uma equipe de arqueólogos encontrou um crânio de um urso polar gigante, no Alaska, que pode pertencer a uma nova sub-espécie, desconhecida até agora, e dar forma a relatos dos povos nativos quanto a uma lenda antiga.

Este é o quarto maior crânio de urso polar já encontrado até agora, conta o Western Digs, destacando que foi descoberto em Walakpa, um local arqueológico situado na zona mais remota do norte do Alaska.

Encontrado após uma tempestade, o crânio teria cerca de 1300 anos, conforme demonstra a datação por radio-carbono, e mede cerca de 41 centímetros, desde a ponta do nariz até a parte de trás, revelando uma forma estranhamente alongada que o diferencia dos crânios dos ursos polares comuns.

Anne Jensen et al.

Crânio de um urso polar gigante encontrado no Alaska

Crânio de um urso polar gigante encontrado no Alaska

“Não sabemos o tamanho exato, mas sabemos que era um grande urso“, diz ao Western Digs a arqueóloga Anne Jensen, que estuda a zona de Walapka há vários anos.

A pesquisadora salienta que se trata de um “adulto” que pode pertencer a uma sub-espécie de ursos polares desconhecida até agora, mas ainda viva. Apesar de poder ter passado despercebido aos cientistas, este urso polar gigante poderia conviver há milhares de anos com os povos indígenas do Ártico, salienta Jensen.

Os descendentes dos nativos da zona falam de lendas contadas pelos antepassados sobre “ursos reis” ou “ursos doninhas” que teriam quase 5 metros de comprimento – um tamanho impressionante quando os atuais ursos polares medem entre pouco mais de um metro a 2 metros.

A zona de Walakpa foi habitada pela chamada cultura Birnirk, há cerca de 1400 anos.

O crânio dataria do período entre os anos de 670 a 800, salienta a Canada International, que destaca que estamos perante “o mais velho e completo crânio de urso polar encontrado no Alaska”. A ideia justifica o fato de ter sido batizado como “The Old One” (“O Velho”).

“Um arquivo de tecido congelado”

Descoberto casualmente em 2014, graças a uma tempestade que o desenterrou do solo congelado, as condições climatéricas difíceis e a falta de fundos foram adiando as pesquisas no terreno.

Anne Jensen e a sua equipa só em 2016 conseguiram ir ao local investigar e depararam-se com “um arquivo de tecido congelado”, com informações que podem “preencher com detalhes” como era a vida no Ártico há milhares de anos, explica a arqueóloga.

Agora são necessários mais estudos de DNA para “entender como culturas passadas funcionavam em um ambiente muito difícil”, destaca a pesquisadora.

Mas a pesquisa se encontra ameaçada pelas condições climáticas e pela falta de dinheiro para explorar o local com a precisão e a pressa necessárias, para evitar a deterioração dos artefatos arqueológicos que poderão ser encontrados.

Ciberia // ZAP

COMPARTILHAR

DEIXE UM COMENTÁRIO:

Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos. É um estimulante natural e muito popular que dá energia. No entanto, algumas pessoas preferem …

“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia. Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças …

Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícolas

Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais Usadas frequentemente …

Como o Brasil ajudou a criar o Estado de Israel

Ao presidir sessão da Assembleia Geral da ONU que culminou no acordo pela partilha da Palestina em dois Estados, Oswaldo Aranha precisou usar experiência política para aprovar resolução. O Brasil teve um importante papel no episódio …

O que são os 'círculos de fadas', formações em zonas áridas que ainda intrigam cientistas

Os membros da tribo himba, da Namíbia, contam há várias gerações que a forte respiração de um dragão deixou marcas sobre a terra. São marcas semicirculares, onde a vegetação nunca mais cresceu. Ficou apenas a terra …

Mosquitos modificados podem reduzir casos de dengue

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia podem estar associados a uma queda de 97% nas infecções de dengue em três cidade do vale de Aburra, na Colômbia, segundo o resultado de um estudo realizado pelo …

Chile, passado e presente, ainda deve às vítimas de violações de direitos humanos

50 anos após a ditadura chilena, ainda há questões de direitos humanos pendentes. No último 11 de setembro, durante a véspera do 50° aniversário do golpe de estado contra o presidente socialista Salvador Allende, milhares de …

Astrônomos da NASA revelam caraterísticas curiosas de sistema de exoplanetas

Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol. Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando …

Em tempos de guerra, como lidar com o luto coletivo

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar …

Pesquisa do Google pode resolver problemas complexos de matemática

O Google anunciou uma série de novidades para melhorar o uso educativo da busca por estudantes e professores. A ferramenta de pesquisa agora tem recursos nativos para resolver problemas mais complexos de matemática e física, inclusive …