Cientistas desenvolveram um pequeno robô que aperta o coração para ajudar órgãos danificados a manter o fluxo apropriado de sangue correndo no corpo humano.
A parte que fica ao redor do coração é flexível e há um sistema com duas âncoras presas a duas paredes do órgão para fazer com que o átrio ou ventrículo abra e feche. Enquanto a parte externa espreme o coração, as âncoras internas manipulam as paredes do órgão.
Quando a parte externa relaxa, tiras elásticas ajudam a parede do coração a voltar à posição original, ficando cheia de sangue que será bombeado para fora. Isto ajuda o coração a bater de forma mais precisa do que com os outros equipamentos utilizados até agora.
Outra grande vantagem desta nova bomba cardíaca é que não há contato do sangue com o equipamento. Nestes casos, esse contato exige o uso de anticoagulantes para prevenir a formação de coágulos.
“É sempre difícil manter o equilíbrio da medicação, especialmente em pacientes pediátricos, que correm o risco de sangrar excessivamente ou de coágulos perigosos”, afirma o cirurgião cardíaco Nokolay Vasilyev, do Hospital Infantil de Boston, nos EUA.
O implante do mecanismo é minimamente invasivo e, de acordo com os médicos que trabalham nesta nova tecnologia, tem um baixo risco para os pacientes.
Quando ficará disponível?
Por enquanto, o novo dispositivo é testado em corações de porcos vivos, em diferentes simulações que imitam várias formas de problemas cardíacos humanos. Essas experiências não incluem o implante permanente nos animais, apenas é usado de forma temporária.
O próximo passo será deixar o dispositivo em um animal durante alguns meses, para verificar se o sangue é bombeado da forma correta e necessária.
Depois desta fase, o pequeno robô será testado em voluntários humanos. Se tudo correr como o planejado, o equipamento estará disponível daqui a pelo menos três anos para ajudar os 23 milhões de pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ciberia // HypeScience / ZAP