A Humanidade ainda não conseguiu criar uma tecnologia tão poderosa que gere energia suficiente para igualar a força de coesão que mantém unida toda a matéria da Terra. Segundo os cientistas, só uma coisa poderia fazer isso acontecer.
Pode parecer uma ideia comum, pelo menos avaliando pelos inúmeros filmes de ficção científica em que o nosso planeta é destruído com uma enorme explosão que o faz em pedaços, mas consegui-lo é na realidade muito mais difícil do que se pensa.
No seu mais recente vídeo, o canal de divulgação científica Second Thought no YouTube explica porque é impossível que os humanos algum dia criem algo que possa destruir completamente a Terra.
A razão é simples: a força de coesão gravitacional do nosso planeta, que mantém unida toda a matéria da Terra, é extremamente poderosa, com uma energia de 2,24×10³² jules, e a potência conjunta de todas as armas de todos os arsenais nucleares do planeta, por muito assustador que sejam, é 1 quatrilhão de vezes menor do que a que seria necessária para obliterar o planeta.
Em comparação, o impacto do asteroide que (supostamente) dizimou os dinossauros liberou o equivalente a 100 milhões de toneladas de TNT – cerca de 15.300 vezes a energia de todo o arsenal nuclear de Donald Trump, Kim Yong-un, Vladimir Putin, Xi Jinping e todos os seus companheiros.
Assim, o arsenal nuclear do mundo apenas conseguiria matar toda a Vida no planeta.
Em contrapartida, se conseguíssemos criar uma arma de anti-matéria para destruir o planeta, iam nos bastar 25 trilhões de toneladas de anti-matéria – ainda assim, cerca de 25 trilhões de toneladas acima da quantidade que é provável que algum dia consigamos produzir nos próximos dez bilhões de anos: 1 grama.
Mas se, enquanto faz carinho no gato branco que tem no colo, está pensando “então como é que eu conseguiria destruir completamente a Terra”, fique sabendo que há uma forma. Bastaria desviar um bom asteroide e colocá-lo em rota de colisão com o nosso planeta.
Ainda assim, não poderia ser um asteroide qualquer – podia ser um planetazinho do tamanho de Vênus, por exemplo – e teria que estar se movendo a uma velocidade de pelo menos 90% da velocidade da luz. Nada de especial, certo?
Em teoria, é efetivamente possível alterar a rota de um asteroide usando o campo gravitacional de outros corpos celestes. A dificuldade reside na necessidade de calcular com infinitésima precisão a rota exata para garantir o impulso necessário para que o asteroide cumpra a sua missão – obliterar o planeta com o seu impacto.
Os cálculos parecem um pouco complicados, ainda mais em uma época em que a Humanidade ainda nem sequer sabe como é que se faz exatamente o contrário, isto é, como é que se conseguiria desviar um pouquinho que seja (e para onde quer que seja) qualquer asteroidezinho que ameace se dirigir para próximo do nosso quintal.
Ciberia // ZAP