O Deputado Rodrigo Maia obteve 293 votos e se reelegeu nesta quinta-feira (2) em primeiro turno presidente da Câmara para o biênio 2017-2018.
Rodrigo Maia foi reeleito nesta quinta-feira como presidente da Câmara dos Deputados, na qual desde que assumiu esse cargo, em julho do ano passado, foi um forte pilar de apoio ao governo de Michel Temer.
Maia (DEM-RJ) enfrentou outros cinco candidatos, dos quais três também pertenciam à base governista, e obteve 293 dos 513 votos, com o que garantiu a vitória e sua permanência no cargo durante os próximos dois anos.
- Rodrigo Maia: 293 votos
- Jovair Arantes: 105 votos
- André Figueiredo: 59 votos
- Júlio Delgado: 28 votos
- Luíza Erundina: 10 votos
- Jair Bolsonaro: 4 votos
- Votos em branco: 5
Nesta quarta-feira foi renovada também a presidência do Senado, em uma eleição interna vencida pelo por Eunício Oliveira (PMDB-CE), deixando Temer com o controle político de ambas câmaras legislativas.
Esse controle era fundamental para o governo, que este ano aposta na aprovação das polêmicas reformas que propôs para as leis trabalhistas e para a previdência.
A candidatura de Maia esteve em discussão até a noite desta quarta-feira, pois as normas da Câmara impedem expressamente a reeleição para outro período, pelo menos de forma consecutiva.
Por essa razão, outros partidos da coalizão de governo tinham se dirigido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para exigir a anulação de sua candidatura, mas esse pedido foi negado de forma cautelar, horas antes do fechamento da inscrição de candidatos.
O ministro Celso de Mello aceitou a tese da defesa de Maia, segundo a qual se trata de um caso particular, pois o deputado assumiu a presidência da Câmara em julho do ano passado, após a cassação de Eduardo Cunha, que ocupava esse cargo e perdeu sua cadeira por acusações de corrupção que lhe levaram à prisão.
Segundo a medida cautelar ditada pelo magistrado, Maia não chegou a completar o período de dois anos previsto para o cargo, razão pela qual essas normas que impedem a reeleição não poderiam ser aplicadas a seu caso.
// EFE