A polícia britânica que investiga o desaparecimento de Madeleine McCann ainda tem algumas “linhas de investigação cruciais” mas, em uma entrevista a propósito do 10º aniversário do incidente, o diretor-geral adjunto da Scotland Yard rejeitou revelar mais detalhes.
“Temos algumas linhas de investigação cruciais, estão ligadas a certas hipóteses, mas não vou discuti-las porque fazem parte de uma investigação em curso“, diz Mark Rowley, diretor-geral adjunto da Polícia Metropolitana.
“Temos algumas teorias sobre o que podem ser as explicações mais prováveis e estamos investigando, acrescentou o responsável.
A possibilidade de um “assalto que correu mal” foi considerada como uma “hipótese sensata” que não foi completamente eliminada, admitiu em entrevista, tal como continua sendo avaliada a tese de rapto por um predador sexual.
“Essa tem sido uma linha de investigação. A realidade é que, no mundo moderno, em qualquer área urbana, se for lançada uma grande rede, é possível encontrar uma série ampla de crimes. Vão encontrar-se autores de crimes sexuais que vivem perto”, diz o diretor-adjunto da polícia britânica.
“E essas coincidências precisam de ser analisadas, é uma coincidência e pode estar ligada à investigação que está sendo feita. Os crimes que podem estar relacionados têm de ser investigados e, ou aceitos, ou descartados”, explicou.
Questionado se a polícia está perto de chegar a uma conclusão, Rowley indicou que os investigadores britânicos e portugueses estão em uma fase crucial da investigação, a poucos dias do 10º aniversário do desaparecimento de Madeleine McCann.
Também conhecida por Scotland Yard, a Metropolitan Police, além de ser responsável pela segurança na área metropolitana de Londres, tem a responsabilidade no combate ao terrorismo, a proteção de personalidades e é frequentemente encarregada de missões e casos com nível nacional.
Desde 2011, estima-se que esta operação tenha custado mais de 12 milhões de libras (cerca de R$ 45 milhões). No início deste ano, a polícia recebeu 85 mil libras (equivalente a R$ 330 mil) adicionais para serem gastos nos seis meses entre abril e setembro deste ano.
O diretor-geral adjunto da Scotland Yard reconheceu que “os grandes casos podem necessitar de muitos recursos e de muito tempo” e que houve cuidado na gestão do dinheiro público, quando a equipe foi reduzida, implicando menor necessidade de dinheiro.
Reconheceu também que não há garantia que esta investigação seja bem sucedida, apesar da determinação dos agentes das polícias britânica e portuguesa. Mas Mark Rowley garantiu: “Vamos continuar com a investigação enquanto existir financiamento e enquanto existirem linhas de investigação razoáveis para investigar”.
// ZAP