Após afirmar que poderia lançar mão de um ataque nuclear preventivo nas “mais extremas circunstâncias”, a Grã-Bretanha corre o risco de ser “apagado da face da Terra”, segundo afirmou o senador russo Frants Klintsevich em sua página no Facebook.
Esta segunda-feira (24), o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, citado pelo jornal Independent, declarou que o Reino Unido está pronto a levar a cabo um ataque nuclear preventivo, se isso for necessário.
Segundo Fallon, a premiê Theresa May está pronta a usar mísseis balísticos Trident em “condições extremas”, mesmo que a Grã-Bretanha não seja atacada. A declaração do ministro foi uma resposta ao apelo do líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, de “alcançar um mundo sem armas nucleares”, nota o jornal.
“A afirmação do ministro britânico de Defesa Michael Fallon pede uma resposta dura e eu não tenho medo de ir muito além. Na melhor das hipóteses essa afirmação parece ser um elemento de guerra psicológica, o que parece revoltante dentro deste contexto”, escreveu em resposta o senador russo Frants Klintsevich.
“Há então uma questão básica, natural: qual país poderia ser primitivamente atacado pela Grã-Bretanha?”, perguntou o senador, que é vice-chefe da Comissão de Defesa e Segurança do Conselho da Federação russa.
Na visão do parlamentar, se os britânicos utilizarem poder nuclear, então “a Grã-Bretanha, que não possui um vasto território, poderá ser literalmente apagada da face da terra com um contra-ataque”, afirmou o senador em sua página no Facebook.
Klintsevich relembrou ainda que um eventual ataque nuclear britânico contra um país não-nuclear trará à memória o que fizeram os norte-americanos ao atacarem com bombas atômicas as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial.
As tensões nucleares não são uma exclusividade da Península Coreana.
Em um recente relatório do Instituto para a Pesquisa de Desarmamento da ONU, a ameaça de um “evento de detonação de arma nuclear”, acidental ou deliberado, está “inegavelmente em seu maior nível nos 26 anos desde o colapso da União Soviética”, período em que houve uma deterioração das relações entre potências nucleares.
No entanto, o primeiro conflito nuclear em nosso planeta pode nem sequer acontecer entre a Rússia, Estados Unidos, China, Japão, Reino Unido, Israel, Irão, ou qualquer um dos “suspeitos habituais”.
Segundo um estudo de cientistas das Nações Unidas, há uma grande probabilidade de que o primeiro conflito nuclear da Terra aconteça entre a Índia e o Paquistão – devido a problemas crescentes em torno do acesso à água potável no subcontinente indiano e aos conflitos em torno da bacia do rio Indo.
Ciberia // Sputnik News