Em novembro, Tina Gibson tornou-se mãe de Emma, o embrião congelado mais antigo da história a resultar em um parto bem sucedido.
Tina Gibson e o marido, Benjamin Gibson, casaram há sete anos, já cientes de que teriam de procurar alternativas caso quisessem ser pais. Benjamin sofre de fibrose quística, uma doença genética que o tornou infértil.
Antes de considerarem a adoção de embriões, Tina e Benjamin foram família de acolhimento temporário de jovens e crianças que passavam pelo sistema de adoção norte-americano. Esta foi uma experiência enriquecedora para ambos, conta Tina à CNN.
Depois de pesquisar e de se aconselhar, o casal descobriu que era possível “adotar” embriões congelados por casais anônimos com o intuito de serem usados por casais que não podem ter filhos. Assim, tornou-se possível para Tina conceber uma criança de forma natural, através da fertilização in vitro.
Os embriões congelados são potenciais vidas humanas à espera de nascer e são chamados pelos especialistas de “snow babies” (bebês de neve, em português).
Durante o processo, o casal teve que passar por avaliações de caráter psicológico, físico e familiar. E acabou sendo aprovado, tornando Tina elegível para a fertilização in vitro, depois de ter tirado um cisto no útero.
De uma lista com mais de 300 dadores, Tina e Benjamin escolheram o embrião. O primeiro não era viável, mas o segundo acabou sendo Emma, a filha do casal que nasceu em novembro deste ano. O embrião foi descongelado em março e doado aos, agora, pais da menina.
Mas só durante a preparação da intervenção cirúrgica é que o casal teve conhecimento que Tina iria dar à luz um recorde mundial: o embrião tinha sido congelado no dia 14 de outubro de 1992, um ano depois de Tina – a mãe – ter nascido. O embrião mais antigo a resultar em um parto bem sucedido até então tinha sido congelado em 1997.
Depois de 20 horas de parto, Emma Wren Gibson nasceu. Veio ao mundo para ser um “milagre”, nas palavras da mãe. A taxa de sucesso da implantação fica entre 25 e 30%.
“O embrião e eu poderíamos ter sido melhores amigas”, confessou Tina à CNN. E na verdade, daqui para a frente, o laço que une Tina e Emma será muito mais do que uma só amizade.
Ciberia // ZAP