Um fóssil de um Ichthyosaurus, com mais de três metros de comprimento, só agora foi estudado, apesar de já ter sido encontrado na década de 90. Era uma fêmea adulta que estava grávida na altura da morte.
Apesar de já ter sido encontrado nos anos 90, um fóssil de Ichthyosaurus, um tipo de réptil marinho que viveu durante o período Jurássico Inferior, ou seja, há cerca de 200 milhões de anos, foi finalmente estudado, informa o jornal português Público.
Segundo os autores do estudo, publicado na revista Acta Palaeontologica Polonica, trata-se do maior fóssil de ictiossauro já encontrado – tem mais de três metros de comprimento – e os vestígios estão quase completos.
O fóssil foi encontrado há mais de 20 anos na costa inglesa de Somerset e, desde então, estava em exposição no Lower Saxony State Museum, na cidade alemã de Hannover. Foi então que o paleontólogo alemão Sven Sachs viu o fóssil, em agosto de 2016, e decidiu que tinha de saber mais sobre ele.
Com a ajuda do seu colega britânico Dean Lomax, especialista nesta espécie de répteis, juntos estudaram o exemplar e o identificaram como parte da espécie Ichthyosaurus somersetensis.
A dupla de paleontólogos descobriu que este fóssil se tratava na realidade de uma fêmea adulta e que, além disso, estava grávida na altura da morte.
“Me espanta que espécimes como este ainda possam ser ‘redescobertos’ em coleções de museus. Não é necessariamente preciso ir para o terreno para fazer uma nova descoberta. Este espécime dá novas luzes sobre o tamanho da espécie, mas é também o terceiro exemplar de um Ichthyosaurus conhecido com um embrião. Isso é especial”, afirmou Lomax em comunicado da Universidade de Manchester.
Segundo o Público, os ictiossauros foram extintos há cerca de 90 milhões de anos. Eram conhecidos como “dragões do mar” e ocuparam os oceanos durante 160 milhões de anos, enquanto os dinossauros ocupavam a terra.
Ciberia // ZAP