Nesta quarta-feira (24), William Burns, o indicado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para o cargo de diretor da CIA, disse que subestimar a Rússia é sempre um erro e acusou a China de roubar propriedade intelectual.
William Burns deu a declaração ao Comitê de Inteligência do Senado dos EUA durante sua sabatina de confirmação para o cargo de diretor da CIA, realizada nesta quarta-feira (24).
“É sempre um erro subestimar a Rússia de [Vladimir] Putin. Embora a Rússia possa ser, em muitos aspectos, uma potência em declínio, pode ser pelo menos tão perturbadora, sob a liderança de Putin, quanto potências em ascensão como a China”, disse Burns.
O ex-diplomata também destacou que os EUA precisam estar cientes de como as ameaças contra Washington podem surgir e enfatizou que responder a essas ameaças com firmeza e consistência é muito importante.
“Não há substituto para a firmeza e consistência em lidar com a Rússia de Putin e trabalhar o mais próximo possível com nossos aliados e parceiros que compartilham as mesmas preocupações”, avaliou Burns.
O indicado de Biden também enfatizou que a liderança de Putin estreita as possibilidades da política dos EUA sobre Moscou.
“A realidade, eu acredito, em termos de política norte-americana de relações EUA-Rússia, é que enquanto Vladimir Putin for o líder da Rússia, estaremos operando com uma curva bastante estreita de possibilidades – desde a extremamente competitiva até a muito perversamente adversária”, acrescentou.
Além da Rússia, Burns também fez comentários sobre a China, classificando o país asiático como “autoritário”.
“Há, no entanto, um número crescente de áreas em que a China de Xi [Jinping, presidente chinês] é um adversário formidável e autoritário – fortalecendo metodicamente suas capacidades de roubar propriedade intelectual, reprimir seu próprio povo, intimidar seus vizinhos, expandir seu alcance global e construir influência sobre a sociedade norte-americana”, disse Burns aos senadores.
Burns serviu como embaixador dos EUA na Rússia entre 2005 e 2008. O ex-diplomata se aposentou do Serviço de Relações Exteriores dos EUA em 2014, após uma carreira diplomática de 33 anos.
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