A Folha de S. Paulo publicou hoje um texto em que diz que o presidente Michel Temer “cumpriu a promessa” de punir deputados da sua base aliada que votaram “não” à reforma trabalhista que esteve em pauta na quarta-feira passada (26) na Câmara.
De acordo com a publicação, o Diário Oficial da União (DOU) de hoje (2) apresentou três exonerações de ocupantes de cargos indicados por PTB, Pros e PSD. Representantes dos três partidos foram contra a reforma votada na última semana. São eles: Deley (PTB-RJ), Ronaldo Fonseca (Pros-DF) e Expedito Neto (PSD-RO).
Apesar dos 177 votos contrários à reforma trabalhista, ela foi aprovada por 296 votos a favor, o que engatilhou as exonerações publicadas no DOU desta terça.
A Folha destaca que Marcelo Xavier de Castro, indicação de Deley para o cargo de diretor de Finanças e Administração das Indústrias Nucleares do Brasil S.A., (INB) foi um dos que perderam os postos. Já o apadrinhado por Ronaldo Fonseca, José Ricardo Marques, perdeu o cargo de diretor-geral do Arquivo Nacional do Ministério da Justiça.
O terceiro exonerado, Luiz Fernando Martins, indicado por Expedito Neto, foi demitido do cargo de delegado da Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário no Estado de Rondônia.
A reportagem da Folha cita ainda que outras demissões foram feitas em retaliação “às traições de integrantes da base aliada”, mas que os nomes daqueles que foram exonerados não apareceram no DOU de hoje por fazerem parte de “atos internos“.
O texto afirma ainda que mais de 30 exonerações foram efetivadas, sendo a fonte da informação não divulgada pelo jornal.