Ligamentos e tendões humanos impressos em 3D. Esta é a grande novidade de uma equipe de engenheiros biomédicos da Universidade de Utah, nos Estados Unidos.
Eles criaram um método para imprimir células 3D para produzir tecido humano, um processo que vai melhorar muito a recuperação dos pacientes.
Uma pessoa com ligamento, tendão ou disco rompido, danificado, poderia substituir por um novo tecido impresso e implantado na área danificada, como explica um artigo publicado no mês passado periódico Journal of Tissue Engineering.
“Isso permitirá que os pacientes recebam tecidos de substituição sem cirurgias adicionais e sem ter que colher tecido de outros locais”, diz Robby Bowles, coautor do estudo. Atualmente, o tecido de substituição pode ser colhido de outra parte do corpo do paciente ou, às vezes, de um cadáver, mas pode ser de baixa qualidade.
Os discos da coluna vertebral, por exemplo, são estruturas complicadas, com interfaces ósseas que devem ser recriadas para serem transplantadas com sucesso. A nova técnica de impressão 3D pode resolver esses problemas.
O método levou dois anos para ser pesquisado e envolve tirar células-tronco da própria gordura do corpo e imprimi-las em uma camada de hidrogel para formar um tendão ou ligamento. A ideia é que esse material impresso cresça in vitro em uma cultura, antes de ser implantado.
Mas esse é um processo extremamente complicado, porque esse tipo de tecido conjuntivo é composto de células diferentes em padrões complexos. Por exemplo, as células que compõem o tendão ou o ligamento se mudam gradualmente para as células que compõem o tendão ou o ligamento se mudam gradualmente para as células ósseas, de modo que o tecido possa se unir ao osso.
Bowles diz que a tecnologia atualmente é projetada para a criação de ligamentos, tendões e discos da medula espinhal, mas ela pode ser usada para qualquer tipo de aplicação de engenharia de tecidos. Também poderia ser aplicado à impressão 3D de órgãos, uma ideia que os pesquisadores vêm estudando há anos.