O alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Al Hussein, afirmou que a Síria se transformou numa “câmara de torturas, um lugar de horror selvagem e injustiça absoluta”.
Zeid fez a declaração, esta terça-feira, durante uma reunião no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra.
Ele disse que o conflito, que completou seis anos este mês, “foi a pior catástrofe criada pelo homem desde a Segunda Guerra Mundial”.
O chefe de direitos humanos da ONU declarou que os “apelos desesperados feitos pela população de Aleppo no ano passado tiveram pouco ou nenhum impacto sobre os líderes mundiais, cuja influência poderia ajudar a pôr um fim ao conflito”.
A guerra na Síria já causou a morte de mais de 321 mil de pessoas e o deslocamento de milhões de sírios. Zeid lembrou que “repetidos vetos de resoluções no Conselho de Segurança têm adiado a esperança para o fim da carnificina”.
Escravas sexuais
O alto comissário da ONU afirmou que isso acontece apesar dos sequestros e da venda de mulheres e meninas da minoria Yazidi como escravas sexuais pelos terroristas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Segundo Zeid, é muito importante garantir que os autores dos crimes cometidos no país sejam responsabilizados.
Para isso, o Escritório de Direitos Humanos tenta acelerar a implementação de um mecanismo internacional para julgar os responsáveis pelas atrocidades ocorridas na Síria.
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