O primeiro-ministro da Austrália do Sul, Jay Weatherill, anunciou neste domingo (4) um acordo com a empresa Tesla para instalar painéis solares e baterias em 50 mil lares deste estado australiano, na que será a maior central solar “virtual” do mundo.
O plano, anunciado a um mês e meio das eleições nesta jurisdição, prevê a instalação de forma gratuita de painéis e baterias em cada casa e financiar-se com a venda da eletricidade gerada, afirmou Weatherill em uma entrevista à emissora ABC.
A implementação começará em junho em fase de testes com 100 imóveis de propriedade pública e seguirá com outras mil no ano que vem.
Superados os testes, o programa se estenderá a outras 24.000 imóveis de proteção oficial e será oferecido a todas as casas de propriedade privada do estado com o objetivo de dobrar o número de lares participantes nos próximos quatro anos.
“Utilizaremos as casas particulares para gerar energia para a rede da Austrália do Sul e as que participarem se beneficiarão de uma importante economia da sua fatura elétrica”, assegurou Weatherill.
Essa será a maior “central solar virtual” do mundo. Uma Virtual Power Plant (ou VPP) é um sistema distribuído de geração de eletricidade baseado no conceito de que o compartilhamento da energia não utilizada recolhida por uma rede de painéis solares domésticos beneficia todos os membros da rede – um pouco como os pontos compartilhados de acesso à internet.
Além dos painéis solares instalados nos telhados, será instalada nas casas participantes no programa uma das famosas Powerwall, a super-bateria da Tesla, que permitirá o armazenamento eficaz da energia gerada pelos painéis.
O projeto disporá de uma subvenção de US$ 1,6 milhão e um empréstimo de um fundo público para as energias renováveis a Tesla de US$ 23,8 milhões. O acordo prevê que a energia gerada não seja propriedade do lar que a produzir, mas que passe a ser administrada pelo fornecedor que adjudicar a concessão.
Esta é a segunda colaboração entre o primeiro-ministro da Austrália do Sul e o diretor executivo da Tesla, Elon Musk, depois da implementação neste estado da maior bateria de lítio do mundo em dezembro do ano passado.
Ciberia // EFE