Febre durante a pandemia do novo coronavírus, nos últimos dias o TikTok tem virado notícia não pelo sucesso dos vídeos compartilhados na rede social, mas sim pelas sérias acusações de violação à privacidade dos usuários após ser flagrado espionando dados da área de transferência do usuário.
Inflamando essa situação, no início desta semana, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, revelou em entrevista à Fox News que o governo Trump estuda barrar alguns aplicativos chineses, entre eles a rede social que pertence à ByteDance, sediada na China.
Conforme divulgado pelo The New York Times, a Amazon, solicitou que seus colaboradores removessem o TikTok de qualquer dispositivo que “acesse o e-mail da Amazon” por conta dos “riscos à segurança” que a plataforma de vídeos curtos e engraçados oferece.
Após a publicação da matéria, a gigante do comércio eletrônico se retratou dizendo que a mensagem foi “enviada por engano” e que “não há mudanças em nossas políticas no momento em relação ao TikTok”.
Com todas as tensões políticas e econômicas envolvendo os Estados Unidos e China, a ByteDance, segundo informações do Wall Street Journal, está considerando retirar sua sede do país asiático. Além disso, a gigante de tecnologia também planeja criar um novo conselho de administração para o pequeno aplicativo de vídeo, tudo isso para mostrar ao mundo que é o TikTok é um aplicativo global e que não mantém relações com o governo chinês.
Em virtude dessas acusações, o TikTok segue bloqueado na Índia e outros países como a Austrália, por exemplo, também estudam a possibilidade de banir o app por conta de suas raízes chinesas.
Vale ressaltar que essa expansão global não chega a ser uma novidade, visto que em maio, por exemplo, a companhia contratou Kevin Mayer, ex-executivo da Disney, para liderar as operações internacionais do aplicativo.
TikTok tenta se mostrar transparente
Em busca de mostrar que não contribui para disseminação de fake news e, inclusive, coopera com o governo americano contra isso, na última semana a rede social divulgou um relatório de transparência. Segundo o documento, o TikTok removeu mais de 49 milhões de vídeos que violaram suas políticas durante o segundo semestre de 2019 (julho a dezembro).
Mais de 16 milhões desses vídeos vieram da Índia (no topo da lista), seguidos pelos EUA, com 4,6 milhões de remoções. O relatório mencionou também que o TikTok recebeu 45 pedidos para remover vídeos de 10 países, entre eles os Estados Unidos.
“A tecnologia hoje não é tão avançada que podemos confiar apenas nela para impor nossas políticas”, revela trecho do relatório, destacando que há uma equipe de moderadores humanos treinados que revisam o conteúdo publicado na plataforma.
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