O casal Snead, família de acolhimento do atirador da escola na Florida, ficou surpreendida e em choque com o acontecimento.
James e Kimberly Snead acolheram Nikolas Cruz, amigo do filho, pouco depois de ele ter perdido a mãe adotiva em novembro do ano passado. “Tivemos um monstro vivendo debaixo do nosso teto e não sabíamos”, lamentou Kimberly Snead em entrevista ao jornal South Florida Sun Sentinel.
Segundo o Diário de Notícias, o pai adotivo de Nikolas e os pais biológicos já tinham morrido. Quando chegou à casa do casal Snead, o jovem era imaturo e depressivo, mas com o passar do tempo parecia estar cada vez mais feliz. “Não víamos este lado dele”, disse Kimberly.
O jovem ainda vivia com os Snead quando, na quarta-feira (14), pediu um Uber e seguiu para a escola secundária Marjory Stoneman Douglas High School, onde sacou uma arma semiautomática. Dezessete pessoas morreram e 23 ficaram feridas.
James e Kimberly sempre viveram com armas em casa, por isso não ficaram desconfortáveis quando Nikolas apareceu com as suas, que usava para defesa pessoal.
No entanto, eles obrigaram o adolescente de 19 anos a colocá-las em um cofre. Para usá-las, Nikolas teria que pedir autorização. O jovem pediu duas vezes desde novembro: em uma das vezes teve autorização.
De acordo com o Jornal de Notícias, sem que ninguém percebesse, Cruz manteve uma cópia da chave do cofre, sobre a qual apenas ele sabia. Foi desta forma que o jovem teve acesso à arma com que abriu fogo na escola.
“Não percebemos esse lado dele. Todo mundo parecia saber, nós não sabíamos. Tão simples quanto isso”, conclui, Kimberly Snead.
Ciberia // ZAP