O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (30) que deseja negociar um acordo de livre comércio com o Brasil, em meio a elogios a seu colega brasileiro, Jair Bolsonaro, “um grande cavalheiro” com quem disse ter um “relacionamento fantástico”.
“Tenho um ótimo relacionamento com o Brasil. Tenho um relacionamento fantástico com o presidente. Ele é um grande cavalheiro. Acho que ele está fazendo um ótimo trabalho”, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca durante uma coletiva de imprensa.
“Vamos trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil. O Brasil é um grande parceiro comercial”, insistiu. O presidente americano também apoiou a indicação de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, para a embaixada brasileira nos Estados Unidos.
“Acho que é uma grande indicação”, disse Trump à imprensa, chamando Eduardo, de 35 anos, de “excepcional”. “Não acho que seja nepotismo”, acrescentou Trump, que também emprega sua filha, Ivanka, e seu genro, Jared Kushner, na Casa Branca.
Com cerca de US $ 70 bilhões em trocas bilaterais anuais de bens entre as duas nações, os Estados Unidos normalmente têm um superávit comercial robusto com o Brasil. As principais exportações dos EUA incluem produtos agrícolas, como trigo e alimentos para animais, bem como serviços de informação e telecomunicações. As importações incluem aeronaves, combustíveis, café e carne, bem como ferro e aço.
Em 2011, os dois países assinaram um acordo de cooperação comercial e econômica para facilitar as trocas comerciais.
Visita do secretário de Comércio
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, está nesta semana no Brasil para promover o intercâmbio bilateral. A visita de Wilbur, a primeira de um secretário de Comércio dos Estados Unidos ao país desde 2011, busca fortalecer o compromisso do governo Trump “com um forte relacionamento comercial e econômico com o Brasil”, segundo um comunicado oficial.
Wilbur participará nesta terça-feira da comemoração dos 100 anos da Câmara de Comércio dos Estados Unidos no Brasil (Amcham Brasil) em São Paulo e na quarta viajará a Brasília para se encontrar com Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
Líder da extrema-direita brasileira, Bolsonaro é parte de uma onda populista que varreu as Américas, a Grã-Bretanha e a Europa nos últimos anos, fazendo dele um espírito próximo ao de Trump.
// RFI BR