A vacina contra a covid-19 teve eficácia comprovada pelo Instituto Butantan. O anúncio foi feito em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (12), em São Paulo.
A chamada taxa de eficácia global da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, está acima do exigido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dados foram anexados junto ao pedido de uso emergencial da vacina enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O governo de São Paulo pretende utilizar inicialmente seis milhões de doses vindas da China. A Anvisa tem 10 dias corridos para dar um parecer positivo ou negativo sobre a vacina.
“Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial”, garantiu Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em coletiva de imprensa.
Vacina segura
Na prática, isso quer dizer que a vacina é segura e vai ajudar a desafogar hospitais sobrecarregados pela alta dos casos. Para se ter ideia, hospitais da Grande São Paulo registram 100% de ocupação nas UTIs que tratam a covid-19.
Os testes para analisar a eficácia de Coronavac reuniram 12.508 voluntários no Brasil. Todos profissionais de saúde atuando na linha de frente contra a covid-19.
Anvisa tem 10 dias corridos para decidir se aprova ou não a vacina
Os resultados são diferentes dos divulgados pelo governo paulista na semana passada. Durante coletiva no mesmo Butantan, membros da Secretaria da Saúde disseram que a Coronavac atingia eficácia de 78%. Acontece que os números não incluíram voluntários infectados pelo novo coronavírus, mas que não manifestaram sintomas que necessitassem de atendimento médico.
Sérgio Cimerman, infectologista do Instituto Emílio Ribas, conforme publicado na Folha de São Paulo, tratou de reforçar a confiabilidade do imunizante. “2020 foi o ano do luto. 2021 será o ano de lutar pela vida. É isso que devemos buscar e não nos pautar só em números, mas, sim, uma proteção clínica e uma vacinação em massa”.
Os dados de 50,3%, divulgados pelo Instituto Butantan na terça-feira (12) à tarde, incluem ainda pacientes com covid-19 classificados como independentes, ou seja, portadores de sintomas leves.
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