Uma missão arqueológica dos EUA e do Egito descobriu um complexo administrativo do faraó Dyedkara Isesi (2380 a.C. a 2342 a.C.), as ruínas mais antigas encontradas na jazida de Tal Edfu, na cidade de Assuan, sul do Egito, anunciou o Ministério das Antiguidades.
A responsável pela missão, Nadine Mueller, da Universidade de Chicago, nos EUA, explicou que esta é a descoberta mais importante feita pela sua equipe desde o início das escavações nesse local em 2014, segundo um comunicado.
O complexo elucida as expedições reais realizadas na era do faraó Dyedkara Isesi, o penúltimo da quinta dinastia, para procurar especiarias, pedras preciosas e minerais no litoral do Mar Vermelho e em lugares remotos como a península do Sinai ou o país de Punt, que se acredita ter se situado na atual Somália.
Nas escavações foi encontrada uma coleção de objetos armazenados no centro, entre eles recipientes núbios e conchas do Mar Vermelho, além de 220 selos de barro com os nomes do faraó, dos trabalhadores do centro administrativo e de mineradores.
O secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades egípcias, Mustafa Waziri, explicou que estes itens são os mais antigos encontrados em Tal Edfu, pois até agora só tinham sido descobertos na região ruínas da segunda metade da sexta dinastia.
O projeto arqueológico de Tal Edfu, que começou em 2001, pretende aprofundar as informações sobre a capital provincial do Alto Egito e obter provas arqueológicas sobre a administração do Antigo Egito, que até agora se conhece principalmente por fontes textuais.
O ministério das Antiguidades anunciou ao mesmo tempo a descoberta de uma série de objetos no templo de Kom Ombo, também em Assuan, onde trabalha uma missão egípcia.
Entre outros objetos, foram encontrados uma esteira em cal que representa um casal realizando oferendas a um deus e três estátuas em arenito, duas delas do deus Hórus em forma de falcão e outra de um homem sentado.
Ciberia // EFE