De acordo com cientistas norte-americanos, cálculos das órbitas entre a Terra e Marte os levaram a concluir que tais viagens seriam mais rápidas, eficientes, e permitiriam estudar os dois planetas.
Uma viagem da Terra a Marte poderia ser mais rápida e ter menos custos se fosse realizada com Vênus entre a órbita desses dois planetas, afirmam cientistas da Universidade Johns Hopkins, EUA, em declarações ao portal Space.com.
A opção mais óbvia durante o preparo de uma missão a Marte seria esperar um período em que as órbitas dos dois planetas estão alinhadas, e então voar na direção do Planeta Vermelho. No entanto, Kirby Runyon, um geomorfólogo planetário da universidade, e um dos autores do estudo publicado no portal de pré-impressão arXiv, sugeriu outra opção.
“É através de Vênus que você chega a Marte“, diz.
Uma simples sincronização orbital entre Terra e Marte poderia parecer mais simples, mas essas oportunidades só surgem de 26 em 26 meses, contrariamente às envolvendo Vênus, que surgem a cada 19 meses, e também leva a um caminho de regresso muito mais longo, potencialmente até um ano a mais, o que afeta a saúde da tripulação.
Segundo explica Paul Byrne, um geólogo planetário na Universidade Estadual da Carolina do Norte, EUA, o planeta mais quente do Sistema Solar ofereceria uma aceleração a uma nave em termos de gravidade, reduzindo a quantidade de energia necessária para a viagem, economizando combustível e peso.
Outro ‘troféu’
Outra vantagem é que uma missão tripulada poderia aproveitar para estudar Vênus, e responder diretamente às observações, ao contrário da utilização de robôs, que levaria a uma diferença de sinal de cinco a 28 minutos até chegar a Terra.
“Se você faz isso com uma missão puramente robótica da Terra, você não pode realmente fazer isso facilmente”, acrescentou Izenberg, um geólogo planetário na Universidade Johns Hopkins, EUA.
Em referência a um relatório de abril da NASA, Runyon teoriza que a NASA poderia estar preparando no futuro uma viagem assim a Vênus e Marte.
// Sputnik News