A Suprema Corte Administrativa egípcia confirmou neste sábado uma sentença para bloquear o YouTube durante um mês por supostamente divulgar um filme que insulta o profeta Maomé, informaram à Agência EFE fontes judiciais.
O advogado egípcio Mohammed Hamed Salem foi quem apresentou a demanda para bloquear o YouTube no país até que retire o filme “A inocência dos muçulmanos“, que “difama o profeta”, assim como qualquer outro filme que seja contra o Islã, segundo as fontes.
“Estes clipes e filmes podem ter consequências provocadoras para os egípcios e muçulmanos, e causam violência sectária”, detalhou o advogado na demanda.
Segundo o jornal egípcio “Al Shorouq”, a sentença é definitiva e não cabe apelação, embora até o momento não tenha sido aplicada.
Em 2012, milhares de pessoas se manifestaram em muitos países do Oriente Médio, entre eles o Egito, contra o filme, supostamente produzido nos EUA e sobre cuja autoria existem dúvidas, que ridiculariza Maomé, o que os muçulmanos consideram uma blasfêmia.
No Egito, as autoridades egípcias bloquearam cerca de 600 sites opositores, entre eles de notícias e de ONGs.
Em 30 de agosto, a ONU denunciou o “ataque contínuo” do Governo egípcio contra a imprensa e a liberdade de expressão, perante o aumento de fechamentos ou bloqueios de sites por supostamente divulgar mentiras e apoiar o terrorismo.
// EFE