O Conselho de Ética do Senado decidiu nesta quinta-feira (6) seguir a decisão do presidente do colegiado, João Alberto (PMDB-MA), e votou pelo arquivamento definitivo do pedido de cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Por 11 votos a 4, o conselho derrubou um recurso que pedia a abertura de processo contra o tucano.
No último dia 23, João Alberto arquivou uma representação da Rede e do PSOL contra Aécio. O peemedebista afirmou que não havia, no pedido dos partidos, “elementos convincentes” para processar o senador por quebra de decoro parlamentar.
Diante da decisão de João Alberto, os senadores Lasier Martins (PSD-RS), Pedro Chaves (PSC-MS), João Capiberibe (PSB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e José Pimentel (PT-CE) entraram com o recurso que foi derrubado com a votação desta quinta.
O caso
A Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Aécio Neves pediu R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista para, supostamente, pagar despesas com advogados na Lava Jato. Segundo o Ministério Público, em troca, ele iria atuar em favor dos interesses da JBS.
Denunciado por corrupção pela PGR, Aécio estava afastado do mandato desde o dia 18 de maio. Porém, o afastamento foi derrubado no último dia 30 de junho pelo ministro Marco Aurélio Mello – o que causou indignação nas redes sociais.
Na última terça, ao retornar para seu cargo de senador, Aécio se defendeu das acusações contra ele feitas pelo Ministério Público.
Durante o pronunciamento, o tucano alegou que não cometeu os crimes dos quais é acusado. Além disso, disse estar indignado com o que chamou de “injustiça” e afirmou que teria sido condenado previamente sem chance de defesa.
“Fui vítima da manipulação de alguns, da má-fé de muitos e, sobretudo, de julgamentos apressados, alguns feitos aqui mesmo nesta Casa”, declarou Aécio na ocasião.