O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou a Anistia Internacional de estar preparando uma nova tentativa de golpe de Estado no seu país, citando informações da inteligência turca.
A Anistia Internacional está exigido que a Turquia liberte a diretora da ONG no país, que foi detida na quinta-feira (6) e ativistas da organização presos em Istambul.
Durante a coletiva de imprensa realizada por ocasião do encerramento da cúpula do G20 em Hamburgo, um dos jornalistas lembrou ao presidente turco, Recep Erdogan, que a Anistia Internacional defendeu ele, quando este foi preso por quatro meses em 1997. O jornalista pediu a libertação dos ativistas presos.
“Eu fui preso por ler um poema. E eles não foram presos, foram detidos. Segundo os dados da inteligência, eles se reuniram em um hotel na ilha Buyukada, para discutir a continuidade do golpe de Estado. Por isso a polícia deteve eles. Agora o caso será avaliado pela justiça. Eu não sei o que a investigação vai determinar”, afirmou Recep Erdogan.
A Amnistia Internacional denunciou, esta quinta-feira, a detenção de Idil Eser, diretora da organização na Turquia, e de sete ativistas de direitos humanos, no momento em que se encontravam numa ação de formação sobre segurança informática em Buyukada, e exige a libertação imediata dos prisioneiros.
“Estamos profundamente perturbados e indignados com a detenção descarada sem acusação formada de alguns dos mais destacados ativistas dos direitos humanos na Turquia, incluindo a diretora da Amnistia Internacional na Turquia”, afirmou o secretário-geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty, num comunicado enviado às redações.
// Sputnik News