A Anistia Internacional denunciou nesta quinta-feira (6) a detenção do diretor da organização na Turquia e de sete ativistas de direitos humanos, que se encontram em uma ilha ao largo de Istambul, exigindo a libertação imediata dos prisioneiros.
Idil Eser, diretora da Anistia Internacional na Turquia, foi detida pela polícia nesta quarta-feira (5) na companhia de outros sete ativistas, no momento em que se encontravam numa ação de formação sobre segurança informática em Buyukada.
Até ao momento, a polícia turca não fez qualquer comentário sobre a situação, desconhecendo-se os motivos das detenções.
“Nós estamos profundamente revoltados porque os defensores dos direitos humanos mais destacados da Turquia, como a diretora da Anistia Internacional no país, são presos desta forma, sem que sejam apresentadas qualquer razão“, refere a organização através de um comunicado.
“Eles [defensores dos direitos humanos] devem ser libertados imediatamente e sem condições”, destaca a organização não-governamental “sob a acusação absolutamente infundada” de envolvimento no golpe de Estado de 15 de julho de 2016.
O secretário-geral da Anistia Internacional, Salil Shetty, também se manifestou “profundamente indignado” com a detenção de indivíduos da organização na Turquia, denunciando o “abuso de poder grotesco” das autoridades e exigiu a “libertação imediata e incondicional” dos ativistas detidos.
“Estamos profundamente perturbados e indignados com a detenção descarada sem acusação formada de alguns dos mais destacados ativistas dos direitos humanos na Turquia, incluindo a diretora da Anistia Internacional no país”, afirmou Shetty, em comunicado enviado à Imprensa.
“A detenção dela [Idil Eser], e de outros ativistas dos direitos humanos que participavam de uma formação rotineira, constitui um abuso de poder grotesco e ilustra a situação precária que os ativistas dos direitos humanos enfrentam no país”, acrescentou.
“Idil Eser e aqueles que foram detidos com ela devem ser libertados imediata e incondicionalmente”, exigiu o líder da organização internacional de defesa dos direitos humanos.
Os líderes das 20 maiores economias do mundo, reunidos hoje em Berlim no encontro do G20, têm sido “extraordinariamente tolerantes com dissolução dos direitos humanos na Turquia”, acusa o líder da Anistia no comunicado.
“Aproveitando a presença do presidente Erdogan entre eles, esta seria uma boa oportunidade para apelarem em voz alta pela libertação de todos os defensores dos direitos humanos atualmente detidos” na Turquia, sugeriu.
// ZAP